China e UE concordam com mecanismo de controle de exportações para aliviar tensões

A União Europeia (UE) concordou ontem em retomar o diálogo e criar mecanismos de resolução de litígios comerciais com a China. Os futuros controles de exportação devem ser similares aos que têm sido negociados entre Washington e Pequim e marcam um esforço para aliviar as tensões entre os chineses e a UE.

“As empresas da UE querem fazer parte da história de sucesso da China, e é por isso que é importante dedicarmos tempo para discutir o ambiente de negócios”, disse o Comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, ao vice-premiê da China, He Lifeng, após uma tarde de negociações sobre acesso a mercado, subsídios à produção de veículos elétricos e outros temas comerciais.

Em meio às discussões, Pequim concordou em comprar mais produtos agrícolas da UE e resolver problemas, como o acúmulo de licenças para produtoras europeias de alimentos infantis.

As medidas indicaram certa aproximação entre os dois lados após autoridades europeias advertirem para a deterioração das relações comerciais. Mais cedo, Dombrovskis, afirmou que as empresas europeias na China estão preocupadas com sua posição diante das novas e rigorosas leis de segurança chinesas. Ao mesmo tempo, Pequim, queixa-se da prevista investigação europeia sobre subsídios a produtores de carros elétricos para o mercado europeu.

“Os dois lados estabelecerão um mecanismo de diálogo sobre os controles de exportação”, disse He, líder da equipe econômica do presidente Xi Jinping, segundo o jornal “Financial Times”. Sem dar mais detalhes, os dois líderes disseram que o mecanismo vai permitir que “discussões e comunicações sobre práticas e políticas”.

Pequim critica os esforços ocidentais de limitar as vendas de equipamentos semicondutores mais avançados para a China.

A UE, por seu lado, argumenta que a China também está impondo controles às exportações — como o imposto recentemente por Pequim, que restringiu às suas vendas dos metais de terras-raras gálio e germânio, que são cruciais para a produção de semicondutores de alta tecnologia.

Fonte: Valor Econômico

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