China exige rastreabilidade completa para carne bovina brasileira
out, 28, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202443
O principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, a China, sinalizou em sua última visita técnica ao Brasil, realizada em dezembro do ano passado, que passará a exigir uma rastreabilidade de ponta a ponta na cadeia produtiva, ou seja, desde o nascimento do animal. Essa mudança deverá ser implementada nos próximos anos.
A exigência já consta nos protocolos comerciais assinados entre os dois países, embora importadores chineses ainda não tenham feito cobranças efetivas.
“O que o Ministério da Agricultura nos informou é que foi uma missão positiva, mas o ponto focal destacado foi de que a rastreabilidade será cobrada, sim, pela China,” afirmou Danielle Schneider, coordenadora de rastreabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), durante um evento promovido pelo Imaflora em Cuiabá.
Segundo Schneider, essa nova exigência deve ser estabelecida ao longo dos próximos dois anos, com a criação de protocolos específicos de rastreabilidade. “Diferente da Europa, a China não está exigindo dados sobre desmatamento, apenas a rastreabilidade. Mas ao fazer isso, sabemos que o próximo passo pode seguir a mesma linha,” ressaltou a coordenadora.
Um estudo da Academia Chinesa de Ciências Sociais e da Fundação Getúlio Vargas, apoiado pela ONG americana The Nature Conservancy, revelou que os consumidores chineses estariam dispostos a pagar até 22,5% a mais pelo carne bovina brasileira se houvesse uma garantia de criação em áreas de desmatamento zero.
Segundo Peng Ren, gerente de projetos da ONG chinesa Global Environmental Institute, os dois países darão início, a partir do próximo mês, às discussões para implementar soluções de rastreabilidade, com previsão de realizar os primeiros embarques de carne 100% rastreada já a partir do próximo ano. “Estamos no início dessas negociações,” afirmou o executivo.
Após as auditorias realizadas em dezembro de 2023, a China aprovou a habilitação de 38 novas plantas frigoríficas no Brasil, sendo 24 delas de carne bovina. De acordo com o Ministério da Agricultura, esse foi o maior número de habilitações concedidas de uma só vez nas relações comerciais entre os dois países.
Fonte: Globo Rural
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