China levanta embargo e retoma importações de carne bovina do Brasil
dez, 15, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202148
A China autorizou a retomada das exportações de carne bovina do Brasil para seu mercado nesta quarta-feira. O embargo durava desde o dia 4 de setembro, quando foram identificados dois casos atípicos do “mal da vaca louca” em Minas Gerais e Mato Grosso.
A informação foi divulgada no site da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). A decisão, comunicada oficialmente a Brasília, autoriza a retomada das exportações de produtos de carne bovina desossada do Brasil com menos de 30 meses de idade.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro, afirmou que a retomada é “total” e “sem condições adicionais”. Segundo ele, o “ponto de corte” é o Certificado Sanitário Internacional (CSI). O governo brasileiro foi comunicado oficialmente da decisão pelas autoridades chinesas. “Tudo o que for certificado após 15 de dezembro será aceito”, afirmou ao Valor.
Confira abaixo um histórico das exportações brasileiras de carne bovina para a China a partir de 2019. Os dados são do DataLiner:
Exportações Brasileiras de Carne Bovina (HS 0202) para a China | Jan 2019 a Out 2021 | WTMT
Fonte da tabela: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Na ultima terça, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina havia reafirmado que o Brasil já tinha repassado todas as informações técnicas para a China, mas sem previsão para o levantamento do embargo, que durou mais de três meses.
A suspensão era motivo de apreensão para os pecuaristas brasileiros. A China é o principal cliente do setor, e vinha absorvendo cerca de 60% das vendas brasileiras ao exterior. No início deste mês, os chineses autorizaram a entrada das cargas enviadas antes da determinação do embargo, estimadas em mais de 100 mil toneladas.
O Brasil suspendeu, de forma voluntária, as exportações para a China após a identificação de dois casos do mal da vaca louca no país. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu que eram episódios atípicos e que o risco para o rebanho nacional era insignificante. Diversas reuniões técnicas entre Brasília e Pequim foram realizadas desde então.
Fonte: Valor Econômico
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