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China reduz importação de carne suína com recuperação de sua oferta doméstica
nov, 20, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202048
A China está começando a diminuir seu apetite por carne suína importada à medida que recupera seu plantel interno e os preços domésticos da carne começam a cair. Soma-se à isso, as preocupações dos consumidores com a presença do novo coronavírus em embalagens de alimentos que chegam de outros países.
Por mais de dois anos, os criadores chineses lutaram contra surtos de gripe suína africana, uma doença hemorrágica altamente contagiosa que reduziu a vara doméstica de porcos do país em 2019 em 41%, ou mais de 100 milhões de animais. Essa queda fez com que os preços da carne suína dobrassem. O vírus da peste suína africana não é prejudicial aos humanos, mas quase sempre é mortal em porcos e não existe vacina ou cura para ele.
Surtos de peste suína ainda estão ocorrendo, mas o país mudou para repovoar suas fazendas de suínos, adicionando 60 milhões de porcos desde o início de 2020, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China.
Animais foram trazidos da Europa para aumentar as varas de suínos, novas fazendas foram construídas e grandes operações comerciais estão ampliando a produção.
A população de suínos da China atualmente é de 370 milhões, ante cerca de 430 milhões antes da detecção da gripe suína africana no país, em agosto de 2018.
O país é o maior produtor e consumidor mundial de carne suína, e aumentou as importações de carne – incluindo bovina e ovina – para ajudar a cobrir o déficit interno. Nos primeiros dez meses de 2020, as importações de carne pela China foram avaliadas em US$ 25,4 bilhões, um aumento de 75% em relação ao ano anterior, um dos pontos positivos globais para uma indústria que viu a demanda cair devido ao fechamento de restaurantes em todo o mundo.
O crescimento desacelerou recentemente, e os volumes de importação de outubro voltaram aos níveis de fevereiro, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China.
Um dos motivos é a covid-19. Desde junho, quando o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar, carnes e vegetais em Pequim, as autoridades chinesas identificaram as importações de alimentos refrigerados e congelados como potenciais portadores do coronavírus, sobretudo em embalagens
Isso levou a inspeções e testes em grande escala de remessas de alimentos para o país. Algumas instalações de produção de carne tiveram que interromper as exportações para a China depois que trabalhadores em suas fábricas de processamento contraíram a covid-19.
Fonte: Valor Econômico
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