CLI conclui aquisição de terminais da Rumo no Porto de Santos
nov, 16, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202246
Embalada pela compra de dois terminais no porto de Santos que eram da Rumo, a CLI (Corredor Logística e Infraestrutura), controlada pela gestora IG4 Capital e pela australiana Macquarie Asset Management, se prepara para mudar de patamar em 2023, também impulsionada pelo aumento da movimentação no porto de Itaqui, onde é uma das sócias do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).
A conclusão do negócio em Santos com a Rumo foi nesta segunda-feira. Já com o suporte de um aumento de capital de R$ 500 milhões totalmente subscrito pelo fundo Macquarie Infrastructure Partners V (MIP V), em operação que selou a entrada da múlti australiana como sócia, a CLI assumiu 80% dos terminais T16 e T19 — que, na verdade, são integrados e tratados como um só —, por R$ 1,4 bilhão. A Rumo ficou com os 20% restantes na operação, que tem capacidade total para 16 milhões de toneladas por ano, divididas em partes iguais entre grãos e açúcar.
Com o aumento de capital, a Macquarie, uma das maiores investidoras globais em infraestrutura, com carteira de quase US$ 800 bilhões, assumiu 50% da CLI. No porto de Santos, deverão ser movimentadas 7,5 milhões de toneladas de açúcar e 4,2 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) em 2022, e em Itaqui o volume deverá chegar a 4 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) em 2022, ante 2,8 milhões em 2021, quando o fluxo foi prejudicado pela quebra da segunda safra de milho — em Itaqui como um todo, as exportações de grãos tendem a somar 13 milhões de toneladas este ano.
“Com a perspectiva de colheitas recorde de soja e milho nesta safra 2022/23, o cenário para as operações em Santos e em Itaqui no ano que vem é muito favorável”, afirmou Helcio Tokeshi, diretor e sócio da IG4, ao Valor. “É a comprovação dos resultados positivos que podem ser gerados pelo nosso modelo de terminal bandeira branca”, disse. Nesse modelo de negócios, a empresa trabalha com todas as tradings interessadas, e o que determina o sucesso da parceria são os serviços oferecidos e eficiência da operação.
Em Itaqui, complementou Marcos Pepe Bertoni, diretor de operações da CLI, recentemente foram renovados contratos com tradings por períodos entre dois e três anos, e a expectativa, sem quebras de safras, é de forte aumento nos volumes de soja e milho exportados.
Daí porque a empresa e suas sócias no Tegram — Glencore, Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri) e ALZ Terminais Portuários (controlada por Amaggi, Louis Dreyfus Company e Zen-Noh Grain) — continuam planejando iniciar a “fase 3” de expansão do terminal, para ampliar a capacidade estática de armazenamento de 500 mil para 900 mil toneladas.
Para essa terceira fase, lembra Pepe, os investimentos estimados serão de entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. Do ponto de vista da CLI, há “folga” financeira para arcar com sua parte dos investimentos previstos, uma vez que o investimento feito em Santos proporcionou a entrada de um ativo grande na estrutura, sem dívidas, o que reduziu a alavancagem da companhia.
Fonte: Valor Econômico
Para ler o artigo original completo, acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/11/14/cli-conclui-aquisio-de-terminais-da-rumo-no-porto-de-santos.ghtml
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