
Com a exportação brasileira de arroz em alta, países do Mercosul enfrentam desafios
maio, 31, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202222
As exportações brasileiras de arroz (base casca) totalizaram 451,3 mil toneladas no primeiro trimestre, mais que o dobro registrado do mesmo período de 2021, quando foram embarcadas 207,7 mil toneladas, informa a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
Com base nos resultados de janeiro a março, a associação arrozeira espera que as vendas externas do cereal atinjam pelo menos 1,4 milhão de t em 2022, superando o volume de cerca de 1,2 milhão obtido em 2021.
Ainda segundo dados divulgados pela Abiarroz, com base em dados do Ministério da Economia, só em março, as exportações do grão somaram 180,3 mil toneladas ante 104,4 mil no mesmo mês de 2021. Durante o mês de abril os principais mercados do arroz brasileiro foram Senegal, Peru, Venezuela, Gâmbia e Serra Leoa.
Embora esta seja uma boa notícia para os orizicultores brasileiros, o mesmo não é necessariamente verdade para parceiros e concorrentes do Mercosul já que tradicionalmente o Brasil absorve o excedente da produção da Argentina, Uruguai e Paraguai.
Com a atual alta global nos mercados de cereais e, particularmente, arroz, a situação não deve ser premente para os parceiros do Mercosul. No entanto, se os mercados mundiais voltarem a operar com uma demanda mais branda, a situação pode ser tornar complicada para a Argentina e o Paraguai. O arroz uruguaio entra como exceção à esta regra, já que o produto é considerado de altíssima qualidade.
“As exportações de arroz no primeiro trimestre foram boas em relação a 2021, mas os embarques de arroz beneficiado ainda precisam crescer mais”, destacou o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. “De janeiro a março, a maior parte do volume exportado foi trincas de arroz e casca”.
Trevisan destaca ainda que a falta de contêineres, que se agravou recentemente com o lockdown em Xangai (China), continua atrapalhando e atrasando as vendas externas do arroz brasileiro:
“A pandemia na China aumentou o custo de nossas exportações devido à dificuldade de aluguel de contêineres, principalmente em relação aos nossos itens de maior valor agregado, como arroz branco processado e arroz parboilizado.”
Fonte: MercoPress
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