Com aval da ANTT, obra do ramal ferroviário da Arauco deve começar em setembro

Em setembro deve ser iniciada a obra do ramal de 47 quilômetros, que irá conectar a produção de celulose a empresa chilena Arauco, em Inocência, até o Porto de Santos. No último dia 08, a ANTT (Agência Nacional de Transporte e Trânsito) concedeu aval para o regime de autorização ferroviária.

O aval foi definido em reunião da Diretoria Colegiada da ANTT, permitindo a construção e exploração do ramal ferroviário pelo prazo de 99 anos. O ramal deve custar R$ 1 bilhão e será usado para escoar produção anula estimada em 3,5 milhões de toneladas de celulose.

Dia 09, durante o lançamento oficial da construção da fábrica, em Inocência, o titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, disse que, agora, o projeto do ramal entra na fase da DUP (Declaração de Utilidade Pública), documento emitido com objetivo de permitir a desapropriação de áreas de terras necessárias para implantação de empreendimento.

“Quando faz a DUP, o produtor afetado não tem opção, a empresa indeniza”, explicou Verruck. Depois de resolvida a parte burocrática, a previsão é que as obras comecem em setembro.

O secretário diz que o ramal vai permitir o escoamento de toda a celulose até o Porto de Santos, sendo a primeira das indústrias de celulose de Mato Grosso do Sul diretamente à ferrovia.

As outras empresas, Suzano Papel e Celulose e a Eldorado Brasil também solicitaram o regime de autorização ferroviária, mas, segundo Verruck, estão em compasso de espera, por conta da recomposição contratual da Malha Oeste, sob análise do TCU (Tribunal de Contas da União).

O TCU avalia a recomposição que prevê ligar Campo Grande – Ribas e Três Lagoas, subindo até Aparecida do Taboado.

A fábrica – Em Inocência, a Arauco fez a terraplanagem em 2024 e inicia, agora, a obra do empreendimento.

A empresa já cultiva florestas de eucalipto na região para garantir o fornecimento de matéria-prima à unidade, com cerca de 400 mil hectares plantados. Conforme já divulgado, a fábrica deve empregar mil trabalhadores diretamente, além de outros 2 mil voltados à logística e 3 mil atuando nas florestas.

Fonte: Campo Grande News

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