Com frango sobre trilhos, operação de transporte da Brado tem recorde
jun, 16, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana2023
A expansão da gripe aviária no mundo colocou o Brasil no foco do fornecimento de frango, levando o país a recordes nas exportações em 2023. Atenta a esse movimento, a companhia de logística Brado, subsidiária da Rumo, teve um avanço de 16% no transporte da carne congelada por ferrovia, para a máxima histórica de 8.346 contêineres no primeiro trimestre.
O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) também já chegou ao solo brasileiro, mas ainda atinge somente aves silvestres, o que não compromete as granjas comerciais e permite a manutenção dos fluxos para os mercados interno e externo.
O frango transportado pela companhia sai de regiões de avicultura do Paraná, maior Estado produtor e exportador do país, e segue para o porto de Paranaguá, com destino a países como China, África do Sul, Japão, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e México.
“Os números acompanham o crescimento desse mercado (…) O Brasil registrou aumento de 15,1% nas exportações (de frango) no primeiro trimestre”, acrescentou Graciele Santos, gerente de Contas da empresa.
Segundo a associação ABPA, esse ritmo se manteve elevado, tanto que no acumulado do ano até maio o país também registrou recorde nas vendas externas do produto, de 2,183 milhões de toneladas.
Yago Travagini Ferreira, head de proteína animal da consultoria Agrifatto, afirmou que é difícil precisar quanto o transporte ferroviário de frango representa para o Brasil, porque nem todas as regiões produtoras têm acesso a ferrovias, mas estima-se que entre 20% e 40% da proteína que é embarcada pelo país passe por esse modal. Em geral, a maior parte das cargas agropecuárias são transportadas por rodovias.
A principal vantagem do transporte ferroviário de frango está atrelada ao custo menor. Considerando o mesmo trajeto feito pela Brado até o porto, Ferreira estima que a economia por seguir de trem, em relação ao escoamento por caminhão, ficaria entre 6% e 10%.
“Além disso, há mais segurança, por ter menos risco proporcional de ser furtada/roubada e também maior certeza que será embarcada na data combinada”, disse ele.
Segundo a Brado, os contêineres são carregados em trens de 41 vagões, que percorrem 633 quilômetros em cerca de três dias e meio pela ferrovia que chega até o porto. “A produtividade ferroviária melhorou muito nos últimos anos. Há cerca de cinco anos, o ‘transit time’ (tempo de deslocamento) de Cambé a Paranaguá era de cinco a seis dias. Essa redução gera bastante benefício na solução Brado, por se tratar de uma carga perecível, de valor agregado, cuja produtividade vem aumentando”, lembrou Graciele.
Veja abaixo as exportações de contêineres refrigerados através do Terminal de Contêineres de Paranaguá, importante porta de saída de carnes congeladas para o mercado internacional, entre janeiro de 2019 e abril de 2023. Os dados são da DataLiner.
Exportação de contêineres refrigerados por Paranaguá | Jan 2019 – Abr 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
A cada dia desligados, a temperatura dos contêineres aumenta cerca de 1 grau. No porto, eles recebem nova carga de energia e no navio permanecem ligados durante toda a viagem.
Fonte: Valor Econômico
Para ler a matéria completa, acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2023/06/16/com-frango-sobre-trilhos-operacao-de-transporte-da-brado-tem-recorde.ghtml
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