Comercio exterior por via marítima teve crescimento de 41,9% em 2023, diz ATP
jan, 17, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202403
O fluxo de comércio exterior brasileiro por via marítima cresceu 41,9% em 2023, ao atingir a marca de US$ 119,1 bilhões em valor FOB (Free On Board – frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria) na comparação com o ano anterior. O incremento no comércio marítimo nacional é fruto do aumento de 1,9% nas exportações, que totalizaram US$300,4 bilhões no ano passado, contra uma queda de 14% nas importações.
Os dados foram levantados pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) a partir de informações do sistema de estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e disponibilizadas pelo banco de dados do setor portuário da ATP – o DATaPort.
Segundo o presidente da ATP, Murillo Barbosa, a movimentação de cargas nos terminais portuários brasileiros foi impulsionada por mercadorias consideradas estratégicas para o setor de logística, tais como açúcar (+43,4% em valor FOB), sementes, frutos oleaginosos como a soja, além do minério que atingiu a marca de US$ 34,6 bilhões em exportações, representando um crescimento de 7,2%.
O gráfico usa dados do DataLiner para mostrar quais portos do Brasil se destacaram nos embarques de açúcar de janeiro a novembro de 2023.
Principais portos de exportação de açúcar | 2023 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
“No caso do minério de ferro, os Terminais de Uso Privado se destacaram, sendo responsáveis por 86,1% da movimentação dessa mercadoria. O Porto Sudeste do Brasil foi o grande destaque de 2023, registrando um aumento de mais de 50% em suas operações com minério de ferro”, lembra Barbosa.
Sobre as importações, Barbosa atribui a redução, em grande parte, à diminuição na quantidade e preço médio dos combustíveis minerais, registrando uma redução de 22% no preço médio. Além disso, os fertilizantes também desempenharam um papel relevante, com um aumento de 7,4% na quantidade importada, porém, uma queda expressiva de mais de 40% em seu valor médio, retornando aos patamares anteriores ao conflito entre Ucrânia e Rússia.
Os TUPs (Terminais de Uso Privado) são responsáveis por mais de 65% da movimentação de cargas no país.
Para Barbosa, as perspectivas para os próximos anos são promissoras, desde que os investimentos no setor sigam em rota de crescimento. “O notável aumento do comércio marítimo brasileiro, em 2023, evidencia a pujança dos terminais portuários brasileiros. O expressivo desempenho da balança comercial por via marítima sinaliza um panorama promissor para o comércio exterior brasileiro. Os investimentos em infraestrutura portuária são fundamentais para manter essa trajetória ascendente nos anos subsequentes”, concluiu o presidente da ATP.
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