Comércio mundial deve crescer 8% em 2021, segundo OMC

Segundo projeções da  Organização Mundial de Comércio  (OMC) divulgadas no último dia 31 de março,  o comércio mundial vai crescer 8% em 2021, um ritmo de expansão ligeiramente superior ao esperado. Mesmo assim, esse ritmo não permitirá um retorno à situação anterior à pandemia. Anteriormente, as expectativas do órgão internacional era de um crescimento de 7,2% este ano.

Os números da OMC vão de encontro às movimentações brasileiras de contêineres de fevereiro de 2021. Dados recém-divulgados pelo DataLiner apontam que as importações via contêineres em fevereiro cresceram 15% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Já as exportações tiveram um aumento de 6% em relação a fevereiro de 2020. Confira no gráfico a seguir a curva em V da economia brasileira:

Fonte do gráfico: DataLiner (Para solicitar uma demo do DataLiner clique aqui)

Mesmo assim, a perspectiva relativamente positiva de curto prazo para o comércio global é prejudicada por disparidades regionais, fraqueza contínua no comércio de serviços e atrasos nos cronogramas de vacinação, especialmente nos países pobres. A COVID-19 continua a representar a maior ameaça para as perspectivas para o comércio, uma vez que novas ondas de infecção podem facilmente prejudicar qualquer recuperação esperada.

Para 2022. segundo a OMC, o crescimento do comércio deve ser de 4,0% e os efeitos da pandemia continuarão sendo sentidos, pois esse ritmo de expansão manteria o comércio abaixo da tendência pré-covid-19.

Vale destacar que em  2020, o comércio mundial despencou 5,3%. A queda foi menor que a redução de 9,2% projetada pela organização em  outubro daquele ano.

“A forte recuperação do comércio global desde meados do ano passado ajudou a suavizar o golpe da pandemia para pessoas, empresas e economias”, disse a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala. “Manter os mercados internacionais abertos será essencial para as economias se recuperarem desta crise e uma distribuição rápida, global e equitativa da vacina é um pré-requisito para a recuperação forte e sustentada de que todos precisamos.”

“Aumentar a produção de vacinas permitirá que as empresas e escolas reabram mais rapidamente e ajudará as economias a se recuperarem. Mas, enquanto um grande número de pessoas e países forem excluídos do acesso suficiente às vacinas, isso irá sufocar o crescimento e reverter o risco de saúde e recuperação econômica em todo o mundo “, disse ela.

A diretora-geral acrescentou que o comércio por meio de cadeias de valor ajudou os países a terem acesso a alimentos e suprimentos médicos essenciais durante a crise. “A fabricação de vacinas requer insumos de muitos países diferentes. Uma das principais vacinas COVID-19 inclui 280 componentes provenientes de 19 países diferentes”, disse ela. “As restrições comerciais tornam mais difícil aumentar a produção. A OMC ajudou a manter o fluxo comercial durante a crise. Agora, a comunidade internacional deve alavancar o poder do comércio para expandir o acesso a vacinas que salvam vidas.”

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