Como dragagem do Porto de Itajaí virou um rombo milionário e respingou em Brasília
abr, 01, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202414
Uma reunião nesta semana em Brasília, na Secretaria Nacional dos Portos, tentará resolver um impasse de proporções milionárias no Porto de Itajaí: a falta de recursos que ameaça a dragagem permanente, essencial para a movimentação de cargas num dos maiores complexos portuários do país.
O débito atual é de R$ 20 milhões, e faltam recursos para dar sequência aos trabalhos que são executados pela multinacional holandesa Van Oord. O porto busca ajuda do governo federal para conseguir fechar a conta, e tentará convencer a Secretaria Nacional de Portos a dividir as despesas.
A preocupação é que a falta de dragagem comprometa toda a atividade do Complexo Portuário, que além do Porto de Itajaí inclui outros terminais à montante do Rio Itajaí-Açu e a Portonave, em Navegantes, que é o maior movimentador de contêineres do Estado e o segundo maior do Brasil.
A profundidade do rio é o principal fator a estabelecer o calado das embarcações que entram nos portos – ou seja, o quão grandes e carregados podem ser os navios que chegam a Itajaí a Navegantes.
Ocorre que a dragagem permanente é paga com a chamada “tabela 1”. É um recurso que a Autoridade Portuária – a administração do porto – recebe da iniciativa privada pela operação do terminal. Desde que terminou o contrato regular de arrendamento, em dezembro de 2022, a movimentação caiu e os rendimentos também.
A esta altura, com o contrato temporário de operação firmado com a Mada Araújo, já se esperava que o porto tivesse começado a receber navios com contêineres. No entanto, a expectativa é que as embarcações não cheguem antes de maio. A empresa continua em busca das licenças de operação, e por enquanto ainda não anunciou nenhuma linha regular de navios para Itajaí – o que aumenta a apreensão sobre os recursos para manter os acessos aquaviários em condições de operacionalidade.
A dragagem permanente é vital para um Complexo Portuário em que o canal de acesso e a área de manobras dos navios é fluvial, sujeitos à erosão.
Na semana passada, o Movimento do Conselho de Entidades de Itajaí, formado por representantes de diversos segmentos econômicos locais, enviou ofício às autoridades municipais e estaduais solicitando providências em relação à dragagem. O documento foi endossado pela Facisc.
Fonte: NSC Total
Clique aqui para ler o texto original: https://www.nsctotal.com.br/colunistas/dagmara-spautz/como-dragagem-do-porto-de-itajai-virou-um-rombo-milionario-e-respingou-em-brasilia
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