Conab reduz estimativa de moagem de cana-de-açúcar para 2018/19
dez, 24, 2018 Postado pordatamarnewsSemana201852
A Agência de Alimentos e Estatísticas, a Conab estima que a produção brasileira de cana-de-açúcar atinja 615,8 milhões de toneladas na safra 2018/19, queda de 2,8% em relação ao ano anterior. Do total de cana-de-açúcar do país, 566,9 milhões de toneladas serão moídas na região Centro-Sul, uma queda de 3,7% em relação à safra anterior. O órgão sugere que a maior parte da colheita de cana-de-açúcar será usada para a produção de biocombustível, que deve crescer 18,5%, para 30,2 bilhões de litros, em comparação à temporada anterior.
A produção de açúcar no Brasil deverá despencar 16,2%, para 31,7 milhões de toneladas na próxima temporada, comparada ao mesmo período do ano passado. O grupo brasileiro de cana-de-açúcar Unica informou o fechamento de 72 usinas na primeira quinzena de dezembro, elevando o número total de fechamentos para 205 neste ano.
A tabela a seguir lista os principais agentes de carga brasileiros ativos no transporte de açúcar nos primeiros dez meses do ano durantes os anos de 2016 à 2018.
Top ocean intermediaries of sugar (HS Code 1701) | Jan to Oct 2016-18 (TEU)
wdt_ID | Forwarder Name | 2016 | 2017 | 2018 |
---|---|---|---|---|
1 | MARCON SERVICOS DE DESPACHOS EM GERAL LTDA | 919 | 361 | 1.742 |
2 | MIB CARGAS INTERNACIONAIS EIRELI EPP | 425 | 3.695 | 1.373 |
3 | ECU WORLDWIDE | 1.323 | 491 | |
4 | LOTUS ADUANEIRA LTDA EPP | 257 | 423 | |
5 | CSA DO BRASIL NEGOCIOS EM LOGISTICA LTDA | 91 | 162 | 359 |
6 | RAX BRASIL ASSESSORIA EM COMERCIO EXTERIOR LTDA | 10 | 60 | 305 |
7 | DEAG CONSULTORIA DE EXPORTACAO LTDA | 481 | 1.353 | 290 |
8 | ITAIPU SERVICOS ADUANEIROS | 45 | 288 | 284 |
9 | ASLL AIRSEA LAND ASSESSORIA & LOGISTICA LTDA | 245 | 251 | |
10 | CARPO LOGISTICS LTDA EPP | 116 | 165 | 249 |
Forwarder Name | 2016 | 2017 | 2018 |
Supporting Sources:
Conab reduz estimativa para safra de cana e produção de açúcar em 2018
SÃO PAULO – A moagem de cana-de-açúcar no Brasil na safra 2018/19 – que começou oficialmente em 1º de abril – deve chegar a 615,8 milhões de toneladas, de acordo com o terceiro levantamento sobre a temporada da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este volume é 3,1% inferior ao projetado pelo órgão no segundo relatório, em agosto, e 2,8% menor que o estimado para 2017/18.
A área de plantio é calculada em 8,63 milhões de hectares, queda de 1,1% em relação à temporada anterior. A redução ocorre principalmente no Sudeste e no Nordeste. Na primeira região, problemas climáticos devem reduzir a produtividade final. A devolução de terras arrendadas também é apontada pela Conab como razão para menor área de plantio de cana.
Levando em conta todas as lavouras do país, a produtividade média da safra deve ser de 71.326 quilos por hectare, 1,7% maior que os 72.543 quilos por hectare da temporada encerrada em março. Na comparação com a estimativa de agosto, de 73.373 quilos por hectare, a nova projeção representa um recuo de 2,8%.
“O envelhecimento das lavouras, a baixa taxa de renovação, a falta de investimento em algumas regiões e a redução do pacote tecnológico têm mantido as médias brasileiras inferiores a 80.000 kg/ha”, diz o órgão no relatório.
Essa colheita de cana deverá ser destinada em sua maioria para a produção de etanol. A estimativa da Conab aponta para 32,3 bilhões de litros, 13,7% mais que o calculado no último relatório e um aumento de 18,6% ante 2017/18. A produção de etanol hidratado deve crescer 32,8% e somar 21,58 bilhões de litros. Por outro lado, a produção de anidro, usado na mistura com a gasolina, deve somar 10,74 bilhões de litros, 2,3% menos que na safra passada.
“Outro fator importante é o melhor fluxo de comercialização que ora o etanol tem frente ao açúcar. O etanol, diferentemente do açúcar, que tem sua comercialização pautada em contratos futuros, permite que a unidade de produção aumente o fluxo de caixa com maior rapidez, uma vez que a comercialização é praticamente instantânea. O pagamento é realizado tão logo o combustível é entregue na distribuidora”, aponta o boletim.
Devido aos preços baixos do açúcar no mercado mundial e o aumento da produção de etanol, deve ocorrer uma redução de 16,2% na produção do adoçante. Conforme a Conab, a produção chegará a 31,73 milhões de toneladas em 2018/19. No levantamento de agosto, a projeção era de 34,25 milhões de toneladas.
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