Congestionamentos nos portos chineses pioram
mar, 22, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202212
Shenzen pode já ter passado pelo pior de mais um lockdown causado pelo Covid, mas os danos colaterais da batalha chinesa contra a ômicron estão fazendo com que navios ao longo da costa alterem suas rotas ao passo que transportadores tentam evitar problemas crescentes de congestionamento portuário.
Shenzhen saiu de um lockdown de sete dias ontem e, embora seus trabalhadores portuários tiveram permissão para trabalhar durante a paralisação, a disponibilidade limitada de caminhões e armazenamento gerou problemas na cadeia de suprimentos. Um informe da transportadora dinamarquesa Maesrk publicado ontem prevê que o tempo de espera em Shenzhen deverá aumentar. Em outros lugares como Qingdao, Xangai e Ningbo-Zhoushan, surtos de covid também estão exercendo pressão na entrada de navios.
“O congestionamento nos portos chineses aumentou na semana passada, pois lockdowns em várias cidades chinesas afetou a produtividade nos principais portos que sofrem com a neblina densa. Além disso, as paralisações também afetaramo as operações em vários portos do norte da China”, afirmou um novo relatório da empresa de análise de contêineres Linerlytica, observando como o aumento foi especialmente marcante em Qingdao.
Ontem à noite, 21 de março, a China decretou lockdown em Shenyang, uma cidade industrial de 9 milhões de pessoas na província de Liaoning, nordeste do país. Também ontem, o centro financeiro da China, Xangai, registrou um aumento recorde nas infecções locais diárias por Covid-19 ontem. As autoridades de saúde relataram 4.770 novas infecções em todo o país na terça-feira, forçando muitas áreas ao bloqueio como parte de sua estratégia de tolerância zero ao Covid.
Em Hong Kong, uma cidade atingida pela Covid este ano, os despachantes estimam uma redução de pelo menos 70% na capacidade de caminhões, o que por sua vez promove um efeito dominó no restante da cadeia de suprimentos.
Transportadoras como Maersk, Mediterranean Shipping Co (MSC) e Hapag-Lloyd foram forçadas a fazer mudanças de horário para evitar o que está se tornando o pior congestionamento do porto chinês nos últimos dias.
O problema de congestionamento causado por este último surto de Covid na China não está afetando apenas as operações de contêineres. Dados da Braemar ACM da última quinta-feira (17) mostraram que as filas de graneleiros capesize carregados cresceram 26% na semana para 7,4 milhões de dwt, ficando 12,3% acima da média de cinco anos para a época do ano.
No momento, os navios-tanque não parecem ser atingidos pelo surto de Covid. Os dados da AXSMarine não apontam para um aumento nos tempos de espera em nenhum dos principais terminais de importação ou exportação de petróleo da China.
Source: Splash247
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