Congestionamento nos portos de contêineres voltam ao que eram antes da pandemia

Os índices de congestionamento registrados nos portos com grande movimentação de contêineres voltaram aos níveis pré-pandemia, de acordo com um índice inglês. Assim, um fator importante para os grandes lucros vistos ao longo dos últimos dois anos desapareceu, de acordo com os dados mais recentes da Clarksons Research.

O índice de congestionamento portuário de contêineres Clarksons fechou na sexta-feira (27/01) em 31,5%, um número semelhante à média pré-covid (2016 – 2019) de 31,6%. Os números de sexta-feira representaram a menor média diária registrada desde outubro de 2019.

A E2open, uma plataforma SaaS de cadeia de suprimentos, incluiu recentemente em seu relatório do quarto trimestre que, a partir de 1º de janeiro deste ano, uma empresa passou a levar uma média de 63 dias para entregar mercadorias a caminhoneiros ou transportadoras ferroviárias. Esta média indica uma redução de oito dias em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

“A grande queda na demanda por exportações ex-Ásia continuou a reduzir o congestionamento dos portos e resultou em tempos de trânsito reais mais curtos”, observou o relatório E2open.

“A menos que tenhamos uma greve na costa oeste dos EUA, continuamos a trilhar o caminho de volta à normalização completa até o final de 2023-1º trimestre”, previram analistas da consultoria Sea-Intelligence em um relatório recente. “Isso significa que vemos uma queda acentuada na demanda combinada com uma injeção significativa de capacidade devido à redução de gargalos.”

Peter Sand, analista-chefe da plataforma de tarifas de frete Xeneta, questionou os dados da Clarksons, concordando com a Sea-Intelligence que o congestionamento portuário deverá ser consignado aos “livros de história” até o final do primeiro trimestre.

Sand observou que o quadro geral de congestionamento foi complicado pelos casos de covid registrados nas últimas semanas na China, onde a doença se espalhou rapidamente no mês passado. Consequentemente, o país viu o congestionamento em seus portos atingindo máximas não vistas em dois anos e meio, enquanto o congestionamento no leste dos EUA costa está com os níveis mais baixos dos últimos doze meses e, em toda a Europa, o congestionamento caiu para os níveis mais baixos dos últimos dois anos.

“Para as transportadoras, a queda nos níveis de congestionamento aumenta a pressão sobre o mercado de frete e a posição de vantagem que elas tiveram durante os anos da covid”, disse Sand ao Splash.

Fonte: Splash247

Para ler a reportagem original, acesse: https://splash247.com/boxport-congestion-back-to-pre-covid-levels/

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