“Corredores do agro” devem receber R$ 4,7 bilhões em investimentos em 2024

O governo federal deverá investir R$ 4,7 bilhões na infraestrutura de rodovias e ferrovias dos chamados “corredores do agro” em 2024, as principais vias de escoamento da produção agropecuária nacional. Serão R$ 2,66 bilhões no arco norte e R$ 2,05 bilhões no sul e sudeste.

Os investimentos fazem parte do Plano Nacional para Escoamento da Safra 2023/24, apresentado nesta terça-feira (6/2), em evento no Ministério dos Transportes. Ao todo, são 60 obras estruturantes previstas em todo o país.

Na área de rodovias, Renan Filho disse que a meta é passar de 67% para 80% o percentual das consideradas em boas condições. Para as vias que ligam aos portos do Arco Norte, caso da BR 163 no trecho entre Mato Grosso e Pará, o objetivo é 90%.

O governo tem a expectativa de viabilizar o licenciamento da pavimentação das BR’s 158 e 242, em Mato Grosso; BR 135, na Bahia e no Maranhão; e a BR 242 em Tocantins. E prevê 13 leilões de concessão, com o levantamento de R$ 122 bilhões em novos investimentos.

Segundo o ministro Renan Filho, dez desses certames atendem diretamente os corredores de escoamento do agronegócio e envolvem aportes de R$ 95 bilhões. São trechos da BR 364, em Rondônia, BRs 070/174/364 entre Mato Grosso e Rondônia, BR 060/364 entre Goiás e Mato Grosso, BR 060/452 em Goiás, entre outras.

O Plano Nacional de Escoamento da Safra 2023/24 prevê a movimentação de 56 milhões de toneladas de grãos apenas pelos 7,3 mil quilômetros de vias que levam aos portos do Arco Norte, como Barcarena e Santarém, no Pará.

O ministro Renan Filho destacou que os investimentos de R$ 3,6 bilhões realizados em todo o país 2023 já geraram melhorias da qualidade da malha rodoviária e o crescimento da movimentação de cargas por essa região. Ele ressaltou ainda o aumento do fluxo de importação de insumos pelo norte. “A logística reversa pode gerar muito mais atividade nessa região”, disse.

No ano passado, só o Arco Norte recebeu R$ 2 bilhões em investimentos. Neste ano, o previsto são R$ 2,6 bilhões. Estão previstas obras como: travessias de Itapoã do Oeste, Jaru e Ji-Paraná, em Rondônia; restauração da BR 158, no Pará; a duplicação da BR 135, no Maranhão; a construção de ponte sobre o Rio Parnaíba, na BR 330, no Piauí; a recuperação da BR 242, na Bahia; e a construção da Ponte de Xambioá, no Tocantins.

No transporte sobre trilhos, a Pasta pretende intensificar as obras na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) 2, com novos lotes; e retomar os trabalhos da Fiol 1, Transnordestina e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico).

Sul e Sudeste

No eixo Sul e Sudeste, os investimentos vão passar de R$ 1,5 bilhão em 2023 para R$ 2,05 bilhões em 2024. Estão previstas obras de melhorias da malha rodoviária e a concessão de dois lotes no Paraná.

As principais serão: trevo de Monte Alegre, nas BRs 153 e 365, em Minas Gerais; a construção da Ponte de Luiz Alves na BR 080, em Goiás; a duplicação da BR 163, no Paraná; a suplicação das BRs 470 e 280, em Santa Catarina; e a duplicação das BRs 116 e 386, no Rio Grande do Sul.

Na área ferroviária, o governo prevê concluir a Ferrovia Norte-Sul. O ministro Renan Filho disse que nos últimos anos o teto de gastos públicos deixou um passivo de limite de investimentos em infraestrutura no país.

Fonte: Globo Rural

Clique aqui para ler o texto original: https://globorural.globo.com/especiais/caminhos-da-safra/noticia/2024/02/corredores-do-agro-devem-receber-r-47-bilhes-em-investimentos-em-2024.ghtml

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