Corrente de comércio supera US$ 11 bilhões na primeira semana de março
mar, 08, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202110
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, divulgados neste dia 08 de março aponam que a corrente de comércio exterior do Brasil subiu 55,6%, pela média diária, e atingiu US$ 11,625 bilhões na primeira semana de março, O resultado é a soma das exportações, que chegaram a US$ 5,598 bilhões, e importações, que alcançaram US$ 6,026 bilhões. Dessa forma, a balança comercial teve um déficit de US$ 428 milhões no período.
Comparados a março de 2020, também pela média diária, os dados apontam crescimento de 34,3% nas exportações e de 82,7% nas importações, o que implica elevação de 55,6% na corrente de comércio. Já no acumulado do ano, as exportações somam US$ 36,73 bilhões, com alta de 9,4%, e as importações sobem 21,3% e atingem US$ 36,99 bilhões, o que resulta em uma corrente de comércio de US$ 73,72 bilhões e um déficit de US$ 261 milhões.
Alta nas exportações
Nas exportações, comparadas a média diária da primeira semana de março de 2021 (US$ 1,119 bilhão) com a de março de 2020 (US$ 833,98 milhões), houve crescimento de 34,3%, em razão do aumento nas vendas da indústria extrativista (123,8%), da agropecuária (19%) e dos produtos da indústria de transformação (9%).
Na indústria extrativista, o aumento das exportações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nas vendas de minério de ferro e seus concentrados (162,7%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (81,5%); minérios de cobre e seus concentrados (638,9%); minérios de níquel e seus concentrados (484,9%) e pedra, areia e cascalho (82,5%).
Já em relação à indústria de transformação, destaque para o crescimento nas vendas de obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (475,5%); veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais (140,7%); açúcares e melaços (35%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (89,7%) e celulose (15,8%).
Por fim, o aumento das exportações também contou com o crescimento nas vendas dos seguintes produtos agropecuários: soja (11,8%); algodão em bruto (93,6%); café não torrado (29,5%); milho não moído, exceto milho doce (111,5%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (24,8%).
Impacto de plataformas
Nas importações, a média diária até a primeira semana de março de 2021 (US$ 1,205 bilhão) ficou 82,7% acima da média de março do ano passado (US$ 659,81 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente os gastos com agropecuária (47%) e produtos da indústria de transformação (91,4%). Por outro lado, diminuíram os gastos com a compra de produtos da indústria extrativista (-58,5%).
O aumento das importações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nas compras dos seguintes produtos agropecuários: cacau em bruto ou torrado (+231,6%); trigo e centeio, não moídos (35,4%); cevada, não moída (202,6%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (57,7%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (48,1%).
Nos produtos da indústria de transformação, o aumento das importações se deve, principalmente, ao crescimento nas entradas de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (3.306,2%); adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (43,2%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (62,5%); equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (28%) e alumínio (128,1%).
Já na indústria extrativa, ainda que as importações tenham diminuído, houve alta nas compras de produtos como outros minérios e concentrados dos metais de base (28%) e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (2,8%).
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