Cresce demanda por certificados de exportação de produtos de origem animal
jul, 16, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202029
No último dia 15 de julho, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) divulgou a quarta edição do relatório de atividades sobre os impactos decorrentes da pandemia do coronavírus (Covid-19) nas atividades do setor. Segundo o levantamento, a demanda por certificação sanitária para fins de exportação de produtos de origem animal do Brasil teve um aumento de 11% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O total de Certificados Sanitários Internacionais emitidos em junho foi de 32.153.
Estão registrados no SIF 3.318 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados.Segundo o documento, no mês de maio foram realizados 132 turnos adicionais de abate que foram requisitados de forma emergencial pelos abatedouros frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF.
De acordo o Ministério da Agricultura, o órgão tem monitorado junto com as empresas e representantes do setor produtivo a situação de casos de Covid-19 em frigoríficos e nas unidades industriais e as medidas adotadas para protegerem os trabalhadores das indústrias e servidores públicos no exercício de suas atividades. Em 03 de julho, um total de nove abatedouros paralisaram suas atividades por motivos relacionados à ocorrência de Covid-19. Vale lembrar que o funcionamento dos frigoríficos é fundamental para manter o bom momento das exportações brasileiras de proteína animal, que vêm batendo recordes, como pode ser verificado no gráfico a seguir:
Fonte do gráfico: DataLiner (Para solicitar um demo do DataLiner clique aqui)
Habilitações suspensas
Apesar do crescimento das exportações de carnes, a Covid-19 tem prejudicado os embarques para a China. Reportagem publicada nesta quinta-feira, 16 de julho, pelo Valor Econômico afirma que a China pediu ao Ministério da Agricultura que suspenda a habilitação para exportação de carnes de mais dois frigoríficos brasileiros devido à ocorrência de casos de Covid-19 entre funcionários. Os adidos agrícolas do Brasil em Pequim receberam hoje uma carta da Administração Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês) sugerindo que os estabelecimentos sejam bloqueados pelo Ministério da Agricultura para evitar que os asiáticos os retirem da lista, o que levaria a um processo mais demorado posteriormente para a retomada das vendas. A China é o principal destino das exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de frango. O pedido é direcionado a um frigorífico de carne bovina e outro de carne de aves.
Segundo uma fonte ouvida pelo Valor, a China também pediu informações sobre a situação de mais 15 plantas. Ao todo, seis frigoríficos estão com as exportações de carnes para a China suspensas. Cinco foram bloqueados pelos chineses e um por decisão do Ministério da Agricultura. A China vem adotando restrições semelhante com frigoríficos de diversos países como Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Argentina.
Fontes: Valor Econômico e Ministério da Agricultura
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