Dados DataLiner: Brasil registra recorde de importações via contêineres em janeiro

Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar sobre a movimentação brasileira de contêineres apontam que, em janeiro, o Brasil importou 300.504 TEU, volume 18,7% superior ao de igual mês do ano passado. É o maior volume dos últimos dez anos.

Confira abaixo um histórico das importações brasileiras via contêineres nos últimos cinco anos. Os dados são do DataLiner:

Importações via contêineres | Brasil | Jan 2021 – Jan 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

A China continua como principal origem dos produtos importados via contêineres pelo Brasil no primeiro mês de 2025. As importações do país asiático cresceram 25,2% em janeiro em relação a igual mês de 2024. As importações para os Estados Unidos, segunda maior origem dos produtos importados pelo Brasil caíram 6,5% no mesmo comparativo. Já as importações da Índia (+62,6%) e da Itália (+42,3%) tiveram um boom em janeiro.

Reatores, caldeiras e máquinas foram a principal categoria de produtos mais importada em 2024 pelo Brasil em janeiro, com um volume 40,1% maior que em igual mês do ano passado, seguida por equipamentos elétricos, cujos embarques cresceram 35% e plásticos, com um volume 4,6% maior.

As exportações via contêineres também tiveram um desempenho positivo em janeiro, com um aumento de 6,1% nos embarques, também o maior valor dos últimos dez anos. Confira no gráfico abaixo:

Exportações via contêineres | Brasil | Jan 2021 – Jan 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

A China continua como o principal destino das exportações brasileiras via contêineres, apesar dos embarques de janeiro terem sido 19,4% inferiores aos de janeiro de 2024. Os embarques para os Estados Unidos ficaram praticamente estáveis em relação ao primeiro mês do ano passado, com uma leve alta de 1,1%. As exportações para o México, terceiro maior destino dos contêineres brasileiros em janeiro de 2025 foram 16,1% menores que em igual mês de 2024. Em contrapartida, os embarques para o Vietnã cresceram 59,6% no mesmo comparativo.

As carnes continuam sendo a categoria de produtos mais exportada pelo Brasil em janeiro de 2025, com um volume 9,6% superior ao de igual mês do ano passado, seguida por madeira (-10,3%), algodão (+41,5%) e café, chá, mates e especiarias (+11,5%).

Plate

A Argentina registrou, no primeiro mês de 2025, um crescimento de 3,6% nas exportações em relação a janeiro de 2024 e um expressivo aumento de 47,7% nas importações no mesmo comparativo.

O Paraguai registrou queda de 18,5% nas exportações e 45% nas importações via contêineres em janeiro de 2025 em relação a igual mês de 2024.

O Uruguai registrou uma queda de 4,6% nas exportações e uma queda de 5% nas importações em relação a janeiro de 2024.

Confira abaixo os gráficos de exportações e importações de Argentina, Paraguai e Uruguai somados com um histórico do mês de janeiro dos últimos 5 anos. Os dados são do DataLiner:

Exportações de Contêineres  | Plate | Jan 2021 – Jan 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Importações de Contêineres | Plate | Jan 2021 – Jan 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Perspectivas

De acordo com documento produzido pelo Bradesco, é difícil quantificar os efeitos sobre o Brasil da maior incerteza que paira sobre a economia global. “Uma possível reciprocidade tarifária deve reduzir marginalmente nossas exportações, sem alterar significativamente os fundamentos externos do país. O impacto via preços de ativos, especialmente no câmbio, tem sido reduzido até o momento”, diz o documento.

“Por um lado, a incerteza poderia gerar um ambiente de maior aversão ao risco. Por outro, há expectativa de que a economia americana possa se enfraquecer, o que
diminuiria a força da moeda americana. De fato, essa é uma preocupação que temos quanto ao cenário externo, um enfraquecimento mais rápido da economia dos EUA, dada a elevada incerteza e queda de confiança em um ambiente volátil e de potencial aumento relevante de custos para empresas e famílias. De todo modo, o cenário segue muito fluido, com várias mudanças ao longo dos últimos dias e diversos anúncios de tarifas e estratégias geopolíticas. Vale destacar que, na questão tarifária, o Brasil não aparece entre os principais alvos da nova administração americana”, completa.

Ainda em 2025, o transporte marítimo brasileiro em 2025 deve passar por um período de adaptação a novas regulamentações ambientais, adoção de tecnologias inovadoras e enfrentamento de desafios econômicos globais.  Além disso, investimentos em infraestrutura portuária e modernização dos portos brasileiros são cruciais para o crescimento do setor.

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