Dados de novembro do DataLiner: Importações brasileiras via contêineres crescem 4% no acumulado do ano
jan, 03, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202401
Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar apontam que as importações brasileiras via contêineres cresceram 4,05% nos primeiros 11 meses de 2023 em relação a igual período de 2022. Foram 2.476.683 TEUs recebidos pelo país no período de janeiro a novembro de 2023, contra 2.380.075 TEUs em 2022 (Jan-Nov). Considerando apenas o mês de novembro, o Brasil importou 4,7% mais contêineres que em novembro de 2022.
Confira abaixo um histórico das importações brasileiras via contêineres nos 11 primeiros meses do ano nos últimos cinco anos. Os dados são do DataLiner:
Importações Brasileiras via contêineres | Jan-Nov | 2019 – 2023 | TEU
Fonte: DataLiner
Os plásticos foram a categoria de produtos mais importada pelo Brasil no período de janeiro a novembro, em relação a iguais meses de 2022. Já a importação de reatores, caldeiras e máquinas cresceu 14,9% no mesmo comparativo.
A China foi o país que mais enviou mercadorias ao Brasil nos primeiros 11 meses de 2023, com volume 15% superior ao de igual período de 2022. As importações dos Estados Unidos cresceram 3%.
Já as exportações via contêineres tiveram uma queda de 0,67% nos volumes no acumulado de janeiro a novembro de 2023 em relação a igual período de 2022. Apesar da queda dos embarques no ano, o último semestre já apresentou um desempenho mais positivo. No mês de novembro, por exemplo, o Brasil exportou 21% a mais que em igual mês de 2022.
Acompanhe a seguir um comparativo das exportações brasileiras via contêineres (Jan-Nov) nos últimos cinco anos. O gráfico foi elaborado com dados do DataLiner:
Exportações Brasileiras via contêineres | Jan-Nov | 2019 – 2023 | TEU
Fonte: DataLiner
As carnes foram a mercadoria mais exportada pelo Brasil em 2023, com um volume 4,6% maior que nos 11 primeiros meses de 2022. Um destaque foi o crescimento dos embarques de açúcar via contêineres de 87,2% no mesmo comparativo.
A China foi o principal comprador das mercadorias exportadas pelo Brasil nos primeiros 11 meses de 2023, com um crescimento de 10,2% nos embarques em relação a 2022. Um destaque foram os embarques para a Índia, que cresceram 73,7% no mesmo comparativo.
Plate
O Uruguai registrou crescimento tanto das importações via contêineres, como nas exportações. Dados do DataLiner apontam que as importações do país do Plate cresceram 7,2% no acumulado do ano (Janeiro a Novembro) em comparação com igual período de 2022. No mês de novembro, os recebimentos aumentaram 10% em relação a novembro de 2022.
Em relação às exportações uruguaias via contêineres, o país recebeu, nos primeiros 11 meses de 2023, 5% mais carga que em igual período de 2022. Considerando apenas o mês de novembro, o crescimento nos embarques foi de 23,6%.
Por outro lado, a Argentina teve queda tanto nos volumes importados como nos exportados. Em 2023 (Janeiro a Novembro) o país importou um volume 10,55% menor que em iguais meses de 2022. Considerando apenas novembro, a queda foi de 14,6%.
Já as exportações argentinas caíram 6,5% no acumulado dos 11 primeiros meses de 2023 e 0,76% em novembro, em relação a 2022.
Incertezas
Para 2024, o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira, dia 02 de janeiro, aponta que a inflação brasileira para o ano deverá ser de 3,90%.
Já a estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 1,52%, enquanto a da taxa de juros permaneceu em 9%.
Mas há muitas incertezas em relação ao comércio exterior. A Guerra da Ucrânia persiste desde 2022 e joga preocupações sobre a Europa, que depende da energia russa e sobre todo o mundo, por cota da exportação de grãos ucranianos. Ainda há a guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em outubro e alertas no mercado de petróleo.
Além disso, a China deve passar por um ciclo de contração da indústria e acelerada deflação.
Já na América do Sul, os olhares estão voltados para as novas medidas do presidente da Argentina, Javier Milei, que devem impactar a região como um todo.
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