Dados mais recentes do DataLiner apontam que as importações de contêineres cresceram 12% em setembro na comparação anual
out, 28, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202141
Em setembro, as importações brasileiras de contêiner alcançaram 216.202 TEU, crescimento de quase 12% em relação a igual mês de 2020, quando foram importados 189.715 TEU. Em relação a setembro de 2019, quando foram importados 218.965 TEUs, houve queda de 1,26% nos volumes importados.
De acordo com Andrew Lorimer, CEO da Datamar, as importações estão praticamente estáveis aos níveis pré-pandemia de 2019 mas poderiam estar melhores se não fossem os problemas logísticos enfrentados pelos importadores. “Além da falta de contêineres, o frete excessivamente alto tem impactado negativamente as importações”, afirma. “A conjunção dos dois fatores está abafando o crescimento das importações”, completa.
O gráfico a seguir traz um comparativo das importações brasileiras via contêineres nos últimos anos. Os dados são do DataLiner:
Importações Brasileiras em contêiner| Jan a Set 2019-2021 | TEU
Fonte: DataLiner (Para solicitar uma demo do DataLiner clique aqui
Exportações
Já as exportações em contêineres apresentaram um cenário parecido com o de 2020. Foram enviados ao exterior 246.666 TEU em setembro, uma queda de 0,85% em relação a setembro de 2020 (248,799 TEU) e de 0,32% em relação a 2019 (247.463 TEU).
Exportações Brasileiras em contêiner | Jan a Set 2019-2021 | TEU
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A falta de contêineres continua sendo o principal entrave para o crescimento das exportações. Os contêineres que chegam ao Brasil com produtos importados têm que retornar rapidamente à Ásia, e voltam, muitas vezes vazios, prejudicando as exportações. Setores como o café, o açúcar e a carne têm sofrido com a falta de equipamento.
Segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, em setembro, o recuo do embarques cafeeiros do país foram causados por entraves logísticos no comércio marítimo global. “Não há mudanças no cenário. Seguimos com intensa disputa por contêineres e espaço nos navios e ainda nos deparando com sucessivos cancelamentos de bookings, rolagens de cargas e frete extremamente custoso”, explica.
Se, no passado, commodities como açúcar refinado, café, arroz, algodão e cacau passaram dos porões dos navios para contêineres, garantindo maior produtividade e preservando a qualidade dos produtos, a solução atual para driblar a falta de contêineres está sendo retormar aos embarques a granel.
“Cerca de 80% do comércio de açúcar refinado era feito em contêineres antes da pandemia. Agora caiu para cerca de 60%”, disse Paulo Roberto de Souza, presidente-executivo da Alvean Sugar SL, maior trading de açúcar do mundo.
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