DataLiner: Exportações brasileiras via contêineres se recuperam em julho
set, 01, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202336
Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar apontam que, em julho, as exportações brasileiras via contêineres cresceram 7,3% em relação ao mesmo mês de 2022. Foram enviados ao exterior 24.111 TEUs no sétimo mês do ano. É o melhor resultado mensal dos últimos cinco anos. Mesmo assim, no acumulado do ano (Janeiro a Julho), as exportações via contêineres ainda estão 5,3% inferiores às de igual período do ano passado.
Confira abaixo um histórico das exportações brasileiras via contêineres. Os dados constam na solução DataLiner:
Exportações em contêineres (mês a mês) | Jan 2019 – jul 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Exportações de Contêineres (acumulado do ano) | 2019 – 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
As carnes – em especial a carne de frango – foram a principal carga via contêiner enviada ao exterior no acumulado dos sete primeiros meses do ano, com volumes 4,1% superiores ao mesmo período de 2022.
Também se destaca uma elevação nos embarques de açúcar em contêiner (+87,4%). Em contrapartida, as exportações de madeira caíram 17,4% e as de plástico 17,05% no mesmo comparativo.
Nos primeiros sete meses do ano, a China foi o principal destino das cargas conteinerizadas brasileiras, com 245.722 TEUs, crescimento de 2,5% em relação a igual período de 2022. Já os embarques para os Estados Unidos caíram 15,7% no mesmo comparativo. México, terceiro destino dos contêineres brasileiros, recebeu um volume 7,7% maior.
Importações
As importações brasileiras via contêineres apresentaram um leve crescimento em julho (+0,80%) em comparação com igual mês de 2022. No acumulado do ano (Janeiro a Julho) as importações cresceram 7,2%. Confira no gráfico abaixo:
Importações em contêineres (mês a mês) | Jan 2019 – jul 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Importações de Contêineres (acumulado do ano) | 2019 – 2023 | TEU
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Entre os destaques em cargas, estão os plásticos, cujas importações cresceram 24,8% nos sete primeiros meses do ano, em comparação com igual período do ano anterior. Já as importações de reatores, caldeiras e máquinas cresceram 18,1% e de aparelhos e materiais elétricos cresceram 20,5% no mesmo comparativo.
Em relação às origens das cargas recebidas pelo Brasil, a China enviou 16,7% mais mercadorias em contêineres e os Estados Unidos um volume 16,1% maior.
Plate
Sobre os outros países da Costa Leste da América do Sul, a Argentina registrou uma queda de 13,42% nas exportações em julho, em relação a julho de 2022. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a queda é de 8,8% em relação ao período de janeiro a julho de 2022.
Já mas importações, em julho, a Argentina recebeu um volume 6,1% maior que em julho de 2022 mas no acumulado dos sete primeiros anos, o país recebeu um volume 12% menor que o de janeiro a julho de 2022.
As exportações do Uruguai também caíram em julho: 11,2% em relação a julho de 2022. Na comparação do acumulado dos sete primeiros meses de 2023, a queda foi de -10,7%.
Nas importações, no entanto, o desempenho do Uruguai é positivo, tanto no mês (+1,48% em relação a julho de 2022) e no acumulado do ano (+3,4% em relação ao período de janeiro a julho de 2022).
Fretes baixos e perspectivas positivas
De acordo com o último boletim Platts, divulgado pela S&P Global, em 25 de agosto, o frete da rota PCR31 — da Ásia para a Costa Leste da América do Sul — foi avaliado a US$2.000/FEU, uma queda de mais de 18% em relação à semana anterior. Apesar disso, as perspectivas são de aquecimento da economia, com a proximidade da época de compras para o Natal (tradicionalmente as importações crescem em Agosto, Setembro e Outubro como preparação do comércio para as compras de fim de ano).
Além disso, dados divulgados na sexta-feira, 1º de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 2,651 trilhões.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
O crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em relação ao trimestre imediatamente anterior é a oitava alta seguida neste tipo de comparação, mas aponta também uma desaceleração, já que nos primeiros três meses do ano houve crescimento de 1,8% (valor revisado pelo IBGE) ante o último trimestre de 2022.
Os dados divulgados situam a economia brasileira em um nível 7,4% acima do patamar pré-pandemia e a posiciona no ponto mais alto da série histórica.
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