DataLiner: Exportações via contêineres começam a se recuperar em junho; importações seguem tendência de alta
ago, 02, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202332
Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar apontam que as exportações brasileiras via contêineres tiveram uma leve recuperação em junho, alcançando um volume 1,9% superior ao do mesmo mês de 2022. Mesmo assim, no acumulado do primeiro semestre do ano, os volumes estão 7,4% inferiores aos de igual período de 2022, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:
Exportações Brasileiras via Contêineres | Jan 2019 a Jun 2023 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Dentre os destinos dos contêineres brasileiros, alguns dados chamam a atenção. Os embarques para os Estados Unidos, por exemplo, tiveram uma queda de 22,3% em junho, em comparação a igual mês de 2022. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a queda é de 17% em relação ao primeiro semestre de 2022.
Outro destino com desempenho negativo, apontado pelo DataLiner é a Argentina, que recebeu, em junho 19,7% menos contêineres brasileiros que em junho de 2022. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a queda é de 17%
Importações
Em contrapartida, as importações brasileiras via contêineres continuam com desempenho bem positivo. Em junho, o Brasil importou um volume em TEUs 17,8% superior ao de igual mês de 2022. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o crescimento foi de 8,7% em relação a período de janeiro a junho de 2023.
Veja abaixo as importações brasileiras de contêineres desde 2019. Os dados foram coletados pela equipe de Business Intelligence da Datamar:
Importações Brasileiras via Contêineres | Jan 2019 a Jun 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Nas importações destacam-se as cargas recebidas via contêineres da China, que cresceram 37,53% em junho em relação a junho de 2022 e 15,9% no acumulado janeiro a junho em relação a igual período de 2022.
O Brasil também aumentou as importações dos Estados Unidos. Os dados do DataLiner apontam que em junho, importamos do país um volume 11,8% superior ao de junho de 2022 e no acumulado do primeiro semestre um volume 18,9% maior.
Argentina e Uruguai
Em relação à Argentina, os dados do DataLiner apontam uma queda nas exportações de 10,3% em junho e de 8,6% no acumulado dos seis primeiros meses do ano em relação a 2022. Já as importações argentinas aumentaram 2,7% em junho mas caíram 12,8% na comparação semestral.
Dados do DataLiner do Uruguai mostram queda nas exportações via contêineres tanto no mês de junho (-18,5%) como no semestre (-10,6%) em relação a 2022. Já as importações cresceram 10,3% em junho e 3,8% no acumulado do primeiro semestre do ano.
Balança Comercial
Já em relação a julho, dados divulgados nesta terça-feira (1/8), pela Secretaria de Comércio exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que, no sétimo mês de 2023, as exportações superaram as importações em US$ 9,035 bilhões, o que representa o maior superávit para meses de julho desde o início da série histórica em 1997. O recorde anterior havia sido registrado em 2020 com US$ 7,601 bilhões.
O saldo positivo recorde do mês foi 68,7% maior, pela média diária, que o observado em julho de 2022. Em julho de 2023, as exportações somaram US$ 29 bilhões e as importações, US$ 20 bilhões.
Nas exportações, comparadas as médias do mês de julho de 2023 (US$ 1,384 bilhão) com o mesmo mês do ano anterior (US$ 1,421 bilhão), houve queda de 2,6%. Em relação às importações houve redução de 18,2% na comparação entre as médias do mês de julho deste ano (US$ 953,67 milhões) com a do mês de julho do ano passado (US$ 1,166 bilhão).
Recorde de vendas externas
No acumulado do ano, houve recorde no volume exportado, com exportações de US$ 194,742 bilhões, perdendo apenas para 2022 com US$ 193,915 bilhões.
Pela média diária registrada de janeiro a julho (US$ 1,343 bilhão) com a de janeiro a julho do ano passado (US$ 1,337 bilhão) houve crescimento de 0,4%. Em relação às importações, houve queda de 8,9% na comparação entre as médias do acumulado deste ano (US$ 969,95 milhões) com a de janeiro a julho do ano passado (US$1,064 bilhão).
Setores e produtos
No último mês, o desempenho dos setores pela média diária em relação ao mesmo período do ano anterior foi o seguinte: crescimento de US$ 5,72 milhões (+1,8%) em agropecuária; queda de US$ 8,29 milhões (-2,6%) em indústria extrativa e queda de US$ 38,02 milhões (-4,9%) em produtos da Indústria de Transformação. Já no acumulado dos primeiros sete meses do ano, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 19,8 milhões (+ 6,1%) em agropecuária; queda de US$ -11,36 milhões (-3,8%) em indústria extrativa e queda de US$ 5,8 milhões (-0,8%) em produtos da Indústria de Transformação.
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