Demanda por carnes brasileiras continua alta
out, 08, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202041
As exportações brasileiras de carne de frango, suína e bovina continuam aquecidas em 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Em setembro, porém, enquanto as exportações de carne bovina e suína registraram desempenho positivo em relação a igual mês de 2019, os embarques de frango para o exterior caíram 2,3%.
Carne de frango
De acordo com a ABPA, as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in nautra e processados) em setembro totalizaram 345 mil toneladas, número 2,3% menor em relação ao alcançado no nono mês de 2019, com 353,2 mil toneladas. No mesmo período comparativo, a receita dos embarques totalizou US$ 479 milhões em 2020, número 18,4% menor em relação às US$ 587,2 milhões obtidas em setembro de 2019.
No acumulado do ano, porém, os embarques totalizaram 3,178 milhões de toneladas entre janeiro e setembro, número que supera em 1,3% o desempenho registrado no mesmo período de 2019, com 3,137 milhões de toneladas, No mesmo período, a receita acumulada pelo setor alcançou US$ 4,619 bilhões, número 12,1% menor em relação ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 5,253 bilhões.
“A média de exportações registradas neste segundo semestre estão acima do obtido no mesmo período em 2019, um indicativo de que as vendas seguirão positivas. Isto, sem impactar na oferta de produtos para o consumidor brasileiro, que também aumentou este ano”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Principal destino, as importações da China seguem elevadas em 2020, com 514,1 mil toneladas entre janeiro e setembro (+28% em relação à 2019). Também destacam as vendas para Líbia, com 46,1 mil toneladas (+79%), Jordânia, com 46,2 mil toneladas (+35%), Rússia, com 63,5 mil toneladas (+47%), Cingapura, com 98,4 mil toneladas (+39%), Vietnã, com 37,3 mil toneladas (+105%) e Coreia do Sul, com 98,5 mil toneladas (+7%).
Considerando apenas as vendas de setembro, também são destaques as exportações para a África do Sul, com 23 mil toneladas (+38% em relação a setembro de 2019), Iêmen, com 11 mil toneladas (+73%), Emirados Árabes, com 25,9 mil toneladas (+11%), União Europeia, com 21,2 mil toneladas (+15%).
Carne suína
Ainda de acordo com a ABPA, as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 764,9 mil toneladas nos nove primeiros meses de 2020, número que supera em 42,9% o total embarcado pelo setor no ano de 2019, com 534,9 mil toneladas. O saldo acumulado em 2020 supera, inclusive, as exportações totais do ano passado, que foram de 750 mil toneladas.
O mesmo desempenho também pode ser verificado no saldo em dólares das exportações. Entre janeiro e setembro, as vendas de carne suína do Brasil alcançaram US$ 1,677 bilhão, saldo que supera em 51,9% o resultado verificado entre janeiro e setembro de 2019, com US$ 1,103 bilhão. O desempenho acumulado em 2020 também é maior que toda a receita obtida em 2019, de US$ 1,597 bilhão.
Considerando apenas o mês de setembro, as vendas do setor totalizaram 86,5 mil toneladas, volume 33% superior ao efetivado no mesmo período de 2019, com 65 mil toneladas. Em receita, a alta mensal é de 34%, com US$ 188,5 milhões no nono mês de 2020, contra US$ 140,5 milhões em 2019.
A Ásia segue como principal promotor das exportações setoriais em 2020 (janeiro a setembro). A China, maior importadora da carne suína brasileira, aumentou suas importações em 133% no total deste ano em comparação com 2019, chegando a 376,7 mil toneladas. Em segundo lugar, Hong Kong importou 131,6 mil toneladas (+14%). Cingapura, com 41,9 mil toneladas (+61%) ficou em terceiro lugar. Já o Vietnã aumentou suas importações em 205%, com 32,9 mil toneladas embarcadas em 2020.
“Temos boas expectativas quanto à manutenção deste ritmo ao longo dos próximos meses. Os indicativos fortalecem as previsões da ABPA de alcançarmos número próximo de 1 milhão de toneladas exportadas em 2020. Isto, sem impactar na oferta de produtos para o consumidor brasileiro”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Carne bovina
Já de acordo com a Abrafrigo, as exportações de carne bovina brasileira em setembro (in natura e processada) somaram 166,4 mil toneladas, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2019, quando a receita atingiu 668,7 milhões de dólares, contra 679,8 milhões de dólares no ano anterior.
Com base em dados compilados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a associação disse que as exportações no acumulado do ano registraram crescimento de 10% em relação a 2019 com total de 1.46 milhões de toneladas registradas até setembro. Em receitas, o aumento em base anual é ainda mais expressivo, de 20%, para 6,1 bilhões de dólares, acrescentou a Abrafrigo.
“O principal comprador do produto brasileiro continua sendo a China”, destacou o órgão, ao apontar que o país e a cidade -estado de Hong Kong adquiriram 839,1 mil toneladas de carne bovina brasilera até setembro, contra 519,65 no mesmo período de 2019.
As compras chinesas até o momento representam 57,4% do total exportado pelo Brasil, com o país sendo seguido pelo Egito, com 101,4 mil toneladas em 2020, e pelo Chile, com 60 mil toneladas.
A Rússia foi o quarto principal destino de carne bovina brasileira até setembro, com 46,2 mil toneladas, enquanto os Estados Unidos ficaram no quinto lugar, com 40,6 mil toneladas, ainda segundo a associação do setor.
O gráfico a seguir traz um comparativo das exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de frango no período de janeiro a agosto de 2019 e 2020:
Fontes da reportagem: Reuters e ABPA
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