Devido à Covid-19, China aumenta controle sobre importações de produtos refrigerados

De acordo com a agência EFE, a  Comissão Nacional de Saúde da China publicou, nesta segunda-feira, 9 de novembro, um novo regulamento para intensificar o controle e desinfecção de produtos refrigerados importados pelo país para evitar novos surtos de Covid-19. O país asiático diz ter registrado diversos casos em que o Coronavírus SARS -CoV-2 sobreviveu na embalagem desses e causou infecções.

A nova regulamentação privilegia a desinfecção minuciosa das embalagens dos produtos refrigerados e a proteção adequada do pessoal em contato com esses materiais, além do aumento das inspeções sanitárias destes em toda a cadeia, desde sua chegada ao porto até que seja colocado à venda.

No próprio porto, diz o documento, “se o resultado de uma análise (de um produto congelado importado) for positivo, ele deve ser devolvido ou destruído, conforme a regulamentação”.

Da mesma forma, as autoridades chinesas enfatizam a necessidade de registrar o caminho que cada um desses produtos segue para facilitar o rastreamento de possíveis infecções.

De acordo com a agência de notícias espanhola, o anúncio chega um dia depois de um novo contágio ter sido detectado pelo contato de um estivador do porto da cidade nordestina de Tianjin com embalagens nas quais estavam restos do Coronavirus SARS-CoV-2, de acordo com a imprensa local.

Além disso, no dia 7, as autoridades da cidade de Dezhou, na província oriental de Shandong, alegaram ter encontrado vestígios do vírus durante uma inspeção aleatória de embalagens de carne de porco congelada da Alemanha e que chegaram ao porto de Tianjin em 19 de outubro, então o vírus teria sobrevivido na embalagem por pelo menos quase três semanas.

Em 24 de setembro, dois estivadores no porto oriental de Qingdao contraíram o vírus ao entrar em contato com embalagens do produto que continham vestígios do vírus. Sua infecção resultou, semanas depois, em um surto na cidade.

Nos últimos meses, vários produtos congelados de países como Equador ou Brasil alertaram as autoridades chinesas.

Em agosto passado, a província central de Shanxi anunciou a proibição da compra, venda e uso de camarão branco (camarão) do Equador, após detectar vários casos de coronavírus em sua embalagem.Dias antes, a cidade de Shenzhen, no sudeste, detectou vestígios do vírus em pacotes de asas de frango congeladas do Brasil e, um mês antes, em frutos do mar do Equador.

A China continua com seu rígido controle de entrada e saída do país, tanto de passageiros quanto de mercadorias, para manter a pandemia sob controle. De acordo com dados divulgados hoje pela Comissão Nacional de Saúde, o número total de infectados ativos na China continental é de 424, dos quais 8 estão em estado grave.

Fontes: Portal Portuário/Agência EFE

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