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Diminuição da vazão do rio Paraná começa a afetar a movimentação das exportações agrícolas da Argentina

set, 17, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202438

A nova e acentuada queda na vazão do rio Paraná, principal via de escoamento de grãos e derivados da Argentina, começou a afetar o carregamento dos navios destinados à exportação, acarretando maiores custos para o setor agroexportador.

Segundo o último relatório hidrométrico divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Águas da Argentina (INA), as águas do Paraná mediam 0,61 metros na altura de Rosário, na província central de Santa Fé, de onde costuma sair 70% dos grãos e 96% dos óleos e farinhas exportados pela Argentina, um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.

Só em maio passado, o rio ultrapassou os 3 metros. Agora, para não encalharem, os navios são obrigados a fazer a viagem rumo ao Atlântico com menos carga.

“Por enquanto está funcionando, mas há uma redução de carga de 10% a 15% além do normal”, disseram à agência EFE fontes da Câmara Argentina da Indústria Petrolífera e do Centro Exportadores de Cereais.

Alguns navios, depois de carregar o que podem em Rosário, completam a carga no porto de Bahía Blanca, no sul de Buenos Aires.

A Argentina, que depende das agroexportações para recompor as suas escassas reservas monetárias, já tinha sofrido perdas milionárias em meados de 2021 devido a uma queda drástica das águas do Paraná.

Segundo relatório da Bolsa de Rosário, o nível médio que o rio atingiu na primeira semana de setembro foi o segundo mais baixo desde 1970.

“Como destacam as previsões do INA, não são esperadas grandes melhorias nos fluxos do Paraná perto de Rosário nos próximos meses. Nem mesmo nas previsões mais animadoras o nível seria ultrapassado um metro entre agora e meados de novembro”, alertou a Bolsa de Valores de Rosário.

Os maiores custos devido ao menor nível das águas no Paraná podem incluir a necessidade de adequação do volume de carga de determinados tipos de embarcações nos terminais portuários de Rosário; despesas adicionais para complementar cargas em outros portos; e perdas devido a preços de exportação mais baixos, entre outros fatores.

“As previsões para os próximos meses trazem preocupação à medida que nos aproximamos do pico logístico do trigo. A persistência desses níveis de água pode começar a gerar perdas notáveis ​​para o agronegócio”, alertou a Bolsa de Valores de Rosário.

Fonte: Portal Portuário

Clique aqui para ler o texto original: https://portalportuario.cl/baja-en-caudal-del-rio-parana-comienza-a-afectar-movimiento-de-agroexportaciones-de-argentina/#

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