Dólar soja II: produtores vendem 66% menos do que no primeiro programa
dez, 12, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202250
As toneladas negociadas até agora através do programa de incentivo fiscal que ficou conhecido como “dólar soja II,” com câmbio de US$ 230, situam-se em volume 66% abaixo do que foi vendido com o a primeira versão do incentivo em setembro passado, que tinha regime de US$ 200.
Segundo levantamento da Bolsa de Grãos de Buenos Aires, até o momento, no acumulado das duas primeiras semanas [a última semana teve menos dias úteis devido aos feriados] 2.713.568 toneladas de soja foram negociadas.
Para efeito de comparação, nas duas primeiras semanas “dólar soja I”, foram registradas 7.968.606 toneladas da oleaginosa.
Nesta linha, para a Bolsa de Grãos de Buenos Aires, levando-se em conta o acumulado, “o total das operações situa-se 66% abaixo”.
Exportadores
Conforme informou Télam Gustavo Idígoras, presidente da Câmara da Indústria de Óleo Vegetal e da Central Exportadora de Cereais (Ciara-CEC), desde a entrada em vigor do dólar soja II, o país embolsou US$ 1,6 bilhão.
É um valor que representa pouco mais da metade dos US$ 3 bilhões que o governo estima obter com a nova versão do câmbio em US$ 230.
“Esta edição surte menos efeitos que a primeira, naturalmente, pelo fato de que começamos com um estoque de 23 milhões de toneladas e hoje estamos em um volume que o governo considera ser de 12 milhões, mas o mercado calcula em 9 milhões de toneladas”, disse Idígoras.
Para o executivo, embora “o fluxo de vendas esteja seguindo uma curva baixa em termos de vendas, está melhor do que em relação a outubro e novembro [quando não havia dólar da soja]”.
Veja abaixo o histórico de embarques reais de soja em contêineres (código hs 1201) a partir da Argentina entre janeiro de 2019 e outubro de 2022, de acordo com o serviço de dados DataLiner.
Exportações de soja da Argentina | Jan 2019 – Out 2022 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Por que menos vendas?
Eugenio Irazuegui, da empresa Zeni, disse a LA NACION que não só o estoque pendente de venda é menor, mas a situação climática adversa influencia a comercialização.
“A fase inicial da colheita 2022/23 ocorre em um cenário de seca e altas temperaturas, resultando em um atraso acentuado na colheita [apenas 37,1% da soja cultivada, quando deveria estar acima de 60%]. Isso compromete o planejamento em nível nacional e traz uma incerteza crescente quanto ao volume a ser colhido a partir de março. Com efeito, o produtor passa a ter uma postura mais cautelosa na hora de se desfazer da mercadoria”, disse.
Fonte: La Nación
Para ler o artigo original completo, acesse: https://www.lanacion.com.ar/economia/campo/agricultura/dolar-soja-ii-los-productores-vendieron-un-66-menos-versus-el-primer-programa-nid12122022/
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