Empresas de logística esperam volumes mais baixos e frete marítimo enfraquecido

Como o mercado permanece em baixa em meio à guerra no Mar Negro e pressões inflacionárias globais, os resultados financeiros do terceiro trimestre publicados na semana passada pelas principais empresas de logística comprovam a diminuição da demando no setor de frete marítimo.

Em recente atualização, a DP World divulgou resultados ambíguos no terceiro trimestre de 2022, registrando um aumento de 2,1% no volume bruto de contêineres. A empresa também alertou para uma baixa no mercado no curto prazo e uma perspectiva incerta.

“Obtivemos um índice de rendimento robusto, acima da taxa de 1,1% prevista em relação ao crescimento do setor. Como esperado, as taxas de crescimento desaceleraram devido às condições de mercado mais desafiadoras,” disse Sultan Ahmed Bin Sulayem, presidente e CEO do grupo DP World.

Em seu desempenho máximo no primeiro semestre de 2022, pouco antes do mercado de transporte começar a desacelerar, a DP World teve um salto surpreendente de 52% no lucro para US$ 721 milhões, em comparação com US$ 475 milhões no primeiro semestre de 2021.

A Kuehne & Nagel, uma empresa global de logística, também apontou a diminuição da demanda no frete de contêineres no terceiro trimestre.

Embora o lucro bruto da empresa tenha aumentado 7% para US$ 2,7 bilhões em comparação com os US$ 2,5 bilhões obtidos em um período semelhante no ano passado, os volumes caíram 5%. A K&N movimentou 1.135.000 TEU no último trimestre em comparação com 1.193.000 no ano passado.

A multinacional de logística dinamarquesa DSV também apresentou uma perspectiva semelhante, com a receita do terceiro trimestre aumentando 22% e o EBIT 45% para US$ 800 milhões. No entanto, os volumes marítimos caíram cerca de quatro por cento.

Ao divulgar os resultados, o CEO do DSV Group, Jens Andersen, previu que poderia haver um declínio nos volumes aéreos e marítimos na faixa de 10 a 15 por cento.

Andersen continuou afirmando que a DSV se esforçaria para reter volumes apesar da queda na demanda e nas taxas spot registradas no terceiro trimestre.

“Os volumes estão caindo e nossa equipe de vendas terá que trabalhar muito. Não queremos abrir mão de angariar volumes e teremos que ser mais agressivos tanto para manter nossos volumes quanto para ganhar dos concorrentes,” disse Andersen.

Fonte: The Maritime Executive

Para ler o artigo original completo, acesse: https://maritime-executive.com/article/logistics-firms-predict-lower-volumes-as-ocean-freight-market-softens

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