Equalização do calado noturno e aumento de calado gera redução de custos em Paranaguá
dez, 18, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201952
A TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá recebeu uma nova ordem de serviço da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) que atualiza as condições operacionais, aplicando o Calado Variável por condições de Maré. Além disso, as condições de navegação diuturnas foram equalizadas, o que torna as janelas operacionais do Terminal mais flexíveis e resulta em redução de custo para toda a cadeia logística e produtiva.
A Ordem de Serviço revisou o Capítulo 8 da norma, que estabelece os parâmetros dos navios para tráfego e permanência nos Portos de Paranaguá e atualizou as condicionantes para acesso ao canal da Galheta e atracação de navios. Na prática, a nova norma estabelece calado em maré zero (medida da linha ou superfície da água até a quilha) de 11,30 metros, representando um aumento mínimo de 40 centímetros por operação.
“A equalização do calado diurno e noturno no Canal, Bacia e Berços dos Portos do Paraná, era uma reivindicação antiga e muito relevante para a Cadeia Produtiva que demanda o segundo Sistema Portuário da América Latina. Sua realização tem impacto muito positivo para os negócios realizados, fazendo que sejamos um dos primeiros portos brasileiros aptos a receber os maiores navios que atuam no comércio exterior na América Latina”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor Institucional da TCP.
De acordo com o executivo, isto aumentará a capacidade de movimentação, reduzindo custos operacionais e dando maior competitividade ao Comércio Exterior que tem nos Portos do Paraná o seu canal de conexão Global. “É resultado de um trabalho suportado por Estudos Técnicos de muito embasamento e alinhamento entre todos os atores envolvidos: Autoridade Portuária, Marinha do Brasil, através de sua Capitania dos Portos do Paraná, Praticagem e Terminais Portuários. Como resultado o Porto de Paranaguá e Antonina, entrega ainda mais produtividade e competitividade com segurança operacional para o cliente e o armador”, diz.
Histórico
O executivo da TCP explica que Paranaguá sempre contou com restrições de navegação por conta das condições físicas e ambientais. Entretanto, a união de esforços entre os atores envolvidos diminuiu as restrições operacionais, a partir da dragagem de manutenção realizada em 2016 e da dragagem de aprofundamento, realizada entre os anos de 2017 e 2018, garantindo melhores condições operacionais para os navios e aumentando a segurança na navegação noturna.
Ainda em 2017, o calado operacional para os navios no período da noite era de 10,6 cenário em que os navios aguardavam até 24 horas para deixarem Paranaguá com calados máximos. Hoje, com os novos parâmetros operacionais, a previsão que esse tempo diminua para números em torno de uma a quatro horas de espera. “Agora, o navio não precisa mais aguardar tanto tempo as condições ideais para sair ou entrar carregado em Paranaguá”, enfatiza Moraes e Silva.
Entenda
A atualização das Condicionantes Específicas para o Canal da Galheta e Atracação de Navios prevê que o calado máximo de navegação permitido é de 12,5 metros, observando algumas premissas. De acordo com o documento emitido pela APPA, para a altura de maré zero, o calado de referência é de 11,3 metros.
Com a definição, navios de até 245 metros de comprimento e 36 metros de boca podem carregar até atingirem calado de 12,5 metros. Já os navios com até 298 metros de comprimento e 45,2 metros de boca, podem carregar até atingirem 12,3 metros de calado.
Para os navios entre 299 e 368 metros de comprimento e até 51 metros de boca, a calado máximo atingido será de 11,8 metros. A expectativa da TCP é que os navios de contêineres saiam de Paranaguá carregados com no mínimo mais 160 contêineres por operação. Para o ano 2020, a estimativa é de que isso represente um aumento de 10% na movimentação total da TCP.
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