Escoamento de trigo argentino é prejudicado por baixa do Rio Paraná

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (MAGyP) da Argentina, as vendas estrangeiras de trigo registradas para dezembro de 2019 – mês que marca o início do ano comercial do trigo – totalizam 3,9 milhões de toneladas, atingindo um recorde mensal histórico.

Porém, o país enfrenta problemas para escoar esse trigo pelo rio Paraná, já que atualmente a altura do rio não atinge a metade da média histórica para dezembro, forçando os navios que fazem o carregamento do cereal nos terminais de Gran Rosario a embarcarem com um volume bem menor.

A altura do rio Paraná em Rosário, segundo dados do Instituto Nacional da Água (INA) da Argentina, foi de cerca de 1,55 m nos últimos dias. Essa altura é 1,7 m abaixo da altura normal para o período. As previsões do INA para a próxima semana são de uma variação positiva mínima, com estimativas de 1,65 metros para os próximos dias.

Embora a navegação no canal principal não apresente grandes dificuldades, com esse volume de água as manobras portuárias são complicadas. Dependendo da altura diária da água, os navios podem sair dos terminais do Gran Rosario com 40% menos carga. A perda de eficiência devido à baixa do rio Paraná exige um importante reajuste logístico das empresas exportadoras, aumentando seus custos operacionais.

O gráfico a seguir, com dados do Indec – Instituto Nacional de Estadística y Censos da Argentina, mostram as exportações de trigo do país no período de janeiro de 2015 a novembro de 2019:

Fonte do gráfico: Indec

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