Estados Unidos e União Europeia são mercados prioritários para a castanha brasileira
abr, 01, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202414
Envolvida desde o início do ano em esforços para melhorar a reputação da castanha brasileira no mercado internacional, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) tem como objetivo fazer com que o Brasil volte a destinar 50% das suas exportações para mercados que são consumidores finais do produto, como Estados Unidos e União Europeia. Hoje, metade das exportações brasileiras tem Bolívia e Peru como destino.
“Em 1997, cerca de 85% da castanha que o Brasil exportava ia para Estados Unidos e Europa, mas hoje eles consomem 30% da nossa exportação, e 50% vão para Bolívia e Peru”, diz o gerente de agronegócio da ApexBrasil, André Müller. “É evidente que a maior parte da castanha do Brasil que vai para a Bolívia não é para consumo dos bolivianos, e sim para a exportação”.
No mercado de castanha descascada (já minimamente beneficiada, portanto), o Brasil é o quarto maior exportador, atrás de Alemanha, Peru e Bolívia. Quando se considera o produto bruto, com casca, o país lidera as exportações: em 2022, os embarques brasileiros somaram 8,5 mil toneladas e os bolivianos, 1,9 mil tonelada.
O gráfico abaixo mostra quais portos do Brasil lideraram as exportações de castanhas em 2023. Os dados são do DataLiner.
Principais portos exportadores de castanhas | 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Segundo Müller, além da questão sanitária, o Brasil perdeu espaço no mercado internacional em virtude do declínio da produção nacional. O volume, que era de 50 mil toneladas na década de 1970, foi de 38 mil toneladas em 2022.
Na opinião do conselheiro para mercados internacionais da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), Johann Wolfgang Schneider, a Bolívia trabalhou para criar a fama de sua castanha. “Eles têm uma estrutura de custo mais barata porque têm mais volume, são mais organizados e têm capital de giro para financiar o processo”, afirma. A cooperativa tem acessado mercados importantes desde 2019 e exportou 80 toneladas no ano passado.
Fonte: Globo Rural
Clique aqui para ler o texto original: https://globorural.globo.com/agricultura/noticia/2024/04/estados-unidos-e-uniao-europeia-sao-mercados-prioritarios-para-a-castanha-brasileira.ghtml
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