Estudo da Antaq revela novo cenário na navegação de cabotagem nos portos brasileiros
set, 16, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202237
O transporte de cargas conteinerizadas na navegação de cabotagem praticamente triplicou em comparação ao crescimento de outros tipos de carga (geral, granéis líquidos e sólidos), no Brasil, entre 2010 e 2020. Contudo, a liderança no setor segue absoluta com os granéis líquidos, com 77,1% desse mercado e seguida por granéis sólidos (11,8%), carga conteneirizada (8,1%) e carga geral (3%).
Estes e outros dados foram apresentados pela Antaq em webinar realizado na última terça-feira (13) que revelou o panorama atual das cargas conduzidas na cabotagem brasileira e a participação das embarcações nacionais de acordo com os produtos transportados.
Números
De acordo com o levantamento, no caso do transporte de contêineres em embarcações de bandeira brasileira na cabotagem, ele chegou a 92,04% em 2021, mantendo tendência de alta verificada desde 2014. Em segundo lugar, estão os navios de bandeira da Libéria (2,49%), com Singapura em terceiro, com 0,93%.
Já quanto à movimentação de granel líquido em navios de bandeira brasileira na cabotagem, a pesquisa mostra queda, de 17,5% em 2014 para 4,1% no ano passado. Neste tipo de carga, a liderança é de embarcações com bandeira das Bahamas, com market share de 29,09% em 2021. Além disso, as principais mercadorias transportadas são petróleo e derivados, com 96,26%.
A participação da cabotagem no transporte de granel sólido nas embarcações brasileiras vem caindo – chegou a 53,6% em 2016 e foi de 24,3% em 2021. O Brasil lidera desde 2014 o ranking do market share das bandeiras, mas sua participação caiu quase pela metade entre 2014 e 2021 (de 48% para 24%). Outras bandeiras relevantes são Panamá, Libéria e Malta.
Por fim, o índice de utilização de transporte em embarcações brasileiras na cabotagem para carga geral vem caindo ano a ano e, em 2021, foi de 59,1%. O perfil de carga geral tem como destaque ferro e aço (45%), madeira (30,6%) e celulose (19%).
Impressões
Para o gerente de afretamento da navegação da Antaq, Augusto Berton Vedan, é importante o acompanhamento das embarcações de bandeira estrangeira. “Somos o braço operacional dessa política pública. Quando se fala em navegação, é a indústria mais globalizada do mundo. É comum se pegar um motor na Alemanha, construir na China, empacotar na África e trazer para o Brasil. Isso é para entendermos que embarcações estrangerias fazem parte da nossa navegação”.
Fonte: A Tribuna
Para ler o artigo original completo, acesse: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/estudo-da-antaq-revela-novo-cenario-na-navegacao-de-cabotagem-nos-portos-brasileiros
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