EUA se tornarão maior exportador de GNL, em meio a crise energética
dez, 23, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202149
Os Estados Unidos devem ultrapassar o Catar e a Austrália e se tornarem o maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL) em 2022. E podem manter essa posição por muitos anos.
Em um ano em que a China e outras grandes economias da Europa e da Ásia precisaram se esforçar para obter suprimentos para aquecimento e geração de energia, os Estados Unidos estavam sentados em uma pilha de gás.
A demanda mundial de GNL tem atingido recordes anuais desde 2015, principalmente pelo aumento da demanda na China e no resto da Ásia. Muito desse apetite mundial foi satisfeito pelo aumento constante das exportações dos EUA, que também tiveram novos recordes todos os anos desde 2016 e devem continuar em 2022.
A projeção da Agência de Informação sobre Energia dos EUA é de que em 2022 as exportações de GNL do país chegarão a 11,5 bilhões de pés cúbicos por dia, o equivalente a cerca de 325,6 milhões de metros cúbicos. Isso representaria cerca de 22% da expectativa de demanda mundial em 2022, de 53,3 bilhões de pés cúbicos por dia, segundo analistas do Goldman Sachs, e ultrapassaria a Austrália e o Catar, os dois maiores exportadores hoje.
Os Estados Unidos devem continuar a ser o maior país exportador de GNL até cerca de 2025, quando o Catar pode recuperar a liderança, à medida que concluir a expansão de seu Campo Norte. Mas se algumas empresas americanas começarem a construir novas fábricas para exportação, os EUA podem manter sua posição.
Grandes empresas dos EUA, como a Cheniere Energy, maior exportadora do país, assinaram acordos de longo prazo para vender GNL, o que deve permitir financiamento necessário para avançar em outros projetos multibilionários.
Muitos desses contratos são de compradores chineses. “Depois de passarem anos evitando compromisso de compra do GNL dos EUA, as empresas chinesas finalmente passaram à ação”, disse Nikos Tsafos, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
Até agora em 2021, a maioria das exportações americanas de GNL foi para a Ásia, com cerca de 13% para a Coreia do Sul, 13% para a China e 10% para o Japão, segundo dados dos EUA. O Brasil também vem aumentando a compra de GNL americano.
Fonte: Valor Econômico
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