Exportação de café deve bater novo recorde em 2020, projeta setor
fev, 04, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202007
O café brasileiro faz sucesso em vários países do mundo. Em 2019, o país exportou café para 128 países. Foram 40,6 milhões de sacas de 60 kg comercializadas, gerando uma movimentação de US$ 5,1 bilhões, um recorde histórico.
O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes, afirma que a expectativa do setor para este ano é de repetir o feito. “O Brasil é protagonista na exportação global de café. Ano a ano, o país investiu muito em produtividade, qualidade e sustentabilidade, então nosso café é muito bem aceito no exterior. Temos de 38% a 40% do comércio global, e as expectativas continuam muito boas. Tudo indica que a próxima safra será ótima.”
As projeções oficiais para a produção também são boas. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país poderá colher até 62 milhões de sacas de café (até 45,98 milhões de arábica e até 16,04 milhões de conilon). No ano passado, foram 49,31 milhões de sacas. Ainda de acordo com a Conab, a receita bruta total da produção de café no país deve atingir R$ 25,5 bilhões, frente aos R$ 22 bilhões da safra de 2019.
Além da produção, a demanda mundial pelo grão também cresce de 1,5% a 2% ao ano e, segundo Carvalhaes, ao final de 2020, o consumo global de café pode chegar a 173 milhões de sacas de 60kg — no ano passado, foram 167,9 milhões. “O Brasil trabalha para acompanhar isso. Há um crescimento de demanda e, consecutivamente, o país terá uma forte oportunidade de aumentar seu market share, a participação no mercado”, explica.
Faturamento
Em 2019, as exportações de cafés brasileiros (40,6 milhões de sacas de 60kg) foram 13,9% maiores que em 2018 (35,6 milhões). No entanto, a receita cambial gerada nos dois anos foi semelhante e ficou em torno de US$ 5,1 bilhões. Isso ocorreu porque o preço médio da saca, no ano passado, foi de US$ 125,49, enquanto, em 2018, a média foi de US$ 144,53. O ano de 2020, porém, começou com uma tendência de melhora.
“Tivemos preços baixos no mercado internacional até outubro de 2019. Em novembro e dezembro de 2019, assim como em janeiro de 2020, já houve recuperação. Acredito que neste ano o faturamento será superior”, afirma o presidente do Cecafé.
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