Exportação de café recua em dezembro, mas Brasil encerra 2024 com recordes históricos

O Brasil exportou 3,808 milhões de sacas de 60 kg de café em dezembro de 2024, uma queda de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2023, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Apesar da retração no volume, a receita cambial do mês avançou 42,2%, alcançando US$ 1,145 bilhão, refletindo preços mais elevados no mercado internacional.

O desempenho de dezembro consolidou um ano de recordes para o setor cafeeiro brasileiro. Em 2024, o país exportou 50,443 milhões de sacas para 116 países, um aumento expressivo de 28,5% em relação a 2023 e 12,8% acima do maior volume já registrado, em 2020. A receita cambial também foi histórica, somando US$ 12,515 bilhões, um avanço de 55,4% em relação ao ano anterior e 35,4% acima do recorde anterior, registrado em 2022.

Segundo Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, o resultado foi impulsionado por embarques recordes das variedades arábica, que cresceram 20% em relação a 2023, e, principalmente, canéfora (conilon + robusta), que tiveram um salto de 98% no comparativo anual.

Destaque para o arábica e o robusta

A variedade arábica foi a mais exportada em 2024, totalizando 36,946 milhões de sacas, ou 73,52% do total, com um crescimento de 19,8% em relação ao ano anterior. Já o café canéfora alcançou 9,356 milhões de sacas, representando 18,5% das exportações e registrando um impressionante aumento de 97,9%.
O segmento de café solúvel também contribuiu, com 4,093 milhões de sacas exportadas (8,1% de participação), enquanto o café torrado e moído registrou embarques de 48.687 sacas (0,1%).

Principais destinos

Dê uma olhada no gráfico abaixo e descubra quais países importaram o maior volume de grãos de café do Brasil nos primeiros onze meses de 2024, segundo dados do DataLiner da Datamar. Clique no link abaixo para solicitar uma demonstração.

Principais destinos de exportação de café | 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Brasil preenche lacuna no mercado global

Márcio Ferreira destacou que o desempenho brasileiro foi favorecido por safras reduzidas de grandes produtores asiáticos, como Vietnã e Indonésia, devido a condições climáticas adversas.
“Mesmo com uma colheita aquém do potencial, o Brasil conseguiu honrar seus compromissos internacionais e ainda preencher a lacuna deixada pela falta de robusta dos concorrentes asiáticos. Com o consumo global aquecido, os preços subiram, o que contribuiu para o crescimento expressivo da receita com nossas exportações”, analisou Ferreira.

O desempenho de 2024 reforça o papel do Brasil como líder global no mercado cafeeiro e evidencia a resiliência do setor diante dos desafios climáticos e logísticos.

Fonte: Compre Rural

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