Exportação de carne bovina da Argentina bate recorde histórico no 1º semestre/24
ago, 15, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202433
Enquanto o mercado interno de carne bovina da Argentina sofre com o enfraquecimento da demanda interna, os volumes de exportação da proteína seguem em ritmo forte, destaca relatório divulgado pela Bolsa de Comércio de Rosário.
No primeiro semestre de 2034, os embarques de carne bovina argentina alcançaram 454,711 mil toneladas, um volume recorde para este período, de acordo com série histórica iniciada em 1990.
O resultado representou um aumento de 10% em relação ao primeiro semestre de 2023 e avanço de 18% quando comparado à média dos últimos cinco anos para o mesmo período.
Segundo o relatório, as exportações de carne bovina no primeiro semestre deste ano representaram 30,6% da produção total da proteína no país. Trata-se de uma participação recorde e 5 pontos percentuais acima da média dos últimos cinco anos para o mesmo período, que é de 25,6%.
Um dos fatores que explicam os bons resultados dos embarque é o aumento das vendas para a China, o principal comprador internacional da carne argentina, com 57% de participação no total dos embarques efetuados nos primeiros seis meses deste ano.
O gráfico abaixo mostra quais foram os principais destinos das exportações de carne bovina argentina no primeiro semestre de 2024. Os dados são do DataLiner.
Destinos da carne bovina argentina | Jan-Jun 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Receita estagnada
Embora as exportações tenham crescido 10% em volume, o faturamento obtido no primeiro semestre do ano permaneceu praticamente inalterado, somando US$ 1,346 bilhão – apenas 0,1% acima do valor obtido em igual período de 2023, e em linha com a média dos últimos cinco anos.
No entanto, o valor arrecadado no período só fica atrás do recorde obtido no primeiro semestre de 2022, de US$ 1,676 bilhões.
A estabilidade na receita com os embarques é explicada pela queda dos preços da carne argentina exportada. No primeiro semestre de 2022, o valor médio das exportações ficou em US$ 4.406 por tonelada, enquanto neste ano o preço médio caiu para US$ 2.959/tonelada – ou seja, houve desvalorização de 33% nos últimos dois anos.
Reversão dos ciclos de baixa
Porém, na visão dos analistas da Bolsa de Comércio, os fundamentos dos preços para os próximos meses parecem promissores, em razão da grande demanda internacional, que, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), levaria os estoques finais de carne bovina a cair 9,7% neste ano.
Até 2025, diz o relatório, projeta-se uma retomada nos preços internacionais da carne bovina, na esteira da reversão da fase de liquidação do ciclo pecuário em fornecedores importantes, como Brasil, Estados Unidos, Argentina e Uruguai.
Setor suíno
O mercado suíno não tem grande perfil exportador na Argentina, visto que o abastecimento do mercado interno é priorizado. Por essa razão, apenas 3% da produção interna é normalmente exportada, aponta o relatório.
Nos primeiros seis meses de 2024, a Argentina exportou 6.676 toneladas, 3% abaixo do ano passado e 47% atrás da média dos últimos cinco anos.
Em termos de balança comercial, é habitual que a Argentina importe mais do que exporta no mercado de carne suína, ou seja, tenha um défice comercial, observa a Bolsa.
No primeiro semestre de 2024, com exportações de US$ 5,8 milhões e importações de US$ 16,5 milhões, o déficit no setor de carne suína foi de US$ 10,7 milhões. Este valor é melhor que o do ano passado (-US$ 31,4 milhões) e também acima da média dos últimos cinco anos para o mesmo período (-US$ 26,8 milhões).
Setor aviário
Os produtos alimentares derivados do abate local de aves fornece ao comércio internacional aproximadamente o equivalente a 9% da produção total da Argentina.
No primeiro semestre de 2024, foram exportadas 94 mil toneladas de produtos avícolas, 21% acima do ano anterior, permitindo a entrada de US$ 108 milhões no país, informa o relatório.
Considerando que as importações atingiram US$ 4 milhões, o saldo comercial no primeiro semestre deste ano foi positivo em US$ 104 milhões.
Embora o saldo supere em 18% o valor do primeiro semestre de 20-23, ainda está 28% abaixo da média dos últimos cinco anos, compara a Bolsa.
Fonte: Portal DBO
Clique aqui para ler o texto original: https://portaldbo.com.br/exportacao-de-carne-bovina-da-argentina-bate-recorde-historico-no-1o-semestre-24/
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