Exportação de carne suína do Brasil sofre com maior produção da China
abr, 19, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202217
Os exportadores brasileiros de carne suína atravessam um cenário desafiador diante de quedas no volume embarcado para seu principal comprador, a China, que recuperou a produção antes do esperado após o plantel do país asiático ter sido dizimado por anos de peste suína africana (PSA).
A China seguiu como líder entre os compradores de carne suína do Brasil em março, mas adquiriu 41,8% menos que o volume importado um ano antes. O mercado chinês foi destino de 34,1 mil toneladas, do total de 91,4 mil que o país exportou.
Veja a seguir o histórico das exportações brasileiras de carne suína para a China de janeiro de 2020 até fevereiro 2022. Os dados são do DataLiner.
Exportação de carne suína (HS 0203) para a China | Jan 2020 – Feb 22 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Já as importações de carne suína pela China, de todas as origens, caíram 64% nos primeiros três meses de 2022, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, para 420 mil toneladas, segundo dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas do país, com a maior produção local.
“A China em algum momento iria voltar a produzir… O governo ajudou e retomaram a produção antes do que o mundo achava que seria”, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.
A China produziu 15,61 milhões de toneladas de carne suína nos primeiros três meses de 2022, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior, e a maior produção trimestral da proteína no país em mais de três anos, segundo dados do governo.
Segundo ele, os dados do primeiro trimestre refletem também um maior abate de matrizes na China, com produtores tentando minimizar a alta dos custos de ração, entre outros fatores, o que resultou em mais carne no mercado.
Em paralelo, os embarques de carne suína do Brasil chegaram a 237,5 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, número 6,3% menor que o registrado no mesmo período de 2021, de acordo com a ABPA.
No setor, a exportação é a válvula de escape para melhorar margens comprimidas pelos custos de produção, que ficaram ainda mais apertadas pela quebra na safra de verão do Brasil e pela guerra na Ucrânia, fatores que levaram ao aumento nos preços do milho e farelo de soja usados na alimentação animal.
Fonte: Money Times
Para ler a matéria original completa, acesse:
https://www.moneytimes.com.br/exportacao-de-carne-suina-do-brasil-sofre-com-maior-producao-da-china/
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