Exportação de sucata para fabricação de aço teve crescimento de 89% no ano, aponta Inesfa
maio, 16, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202220
Empresas brasileiras que atuam no ramo de exportação de sucata, um insumo importante para a fabricação de aço em aciarias elétricas, voltaram a ampliar seus embarques. No mês passado, os embarques somaram 71,9 mil toneladas, o que representou aumento de 43% sobre março.
De acordo com o Inesfa, entidade das empresas desse segmento econômico, o volume acumulado no ano, até abril, atingiu 192,5 mil toneladas, quase o dobro (89%) das 102 mil de um ano atrás. Os dados são compilados na Secex, órgão do Ministério da Economia.
A avaliação é que a guerra na Ucrânia e o aumento do ferro-gusa e de outros insumos também usados na composição do aço vêm impactando o mercado mundial. Mas, segundo Clineu Alvarenga, presidente Inesfa, já há uma tendência de acomodação dos preços.
“Os valores da sucata tendem a se estabilizar após um período de altas artificiais”, afirma Alvarenga, em comunicado do Inesfa. Ele observa que as exportações são excedentes dos recicladores nas vendas do mercado doméstico.
Veja abaixo o histórico das exportações brasileiras de resíduos ferrosos e sucatas metálicas de janeiro de 2021 a março de 2022. Esses dados são do DataLiner da Datamar.
Exportações de Resíduos Ferrosos e Sucatas (HS 7204) | Janeiro 2021 – Março 2022 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
O dirigente diz que a exportação se limita ao máximo de 5% da produção local de sucata. Que se trata de alternativa encontrada pelo setor há mais de uma década para garantir a manutenção da atividade em épocas de baixa.
Citando a S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarks para as commodities, o Inesfa afirma que informações do mercado local indicam estabilização dos preços ainda neste mês, e até recuo a partir de junho.
O consumo de sucata ferrosa no Brasil em 2022 pode superar o de 2020, quando alcançou quase 8 milhões de toneladas, mas ficando abaixo do consumo estimado pelo Inesfa de 9 milhões de toneladas no ano passado.
Fonte: Valor Econômico
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