Exportações argentinas de gás caem em julho

As exportações argentinas de gás contraíram 26% no interanual de julho, após terem dobrado em junho, segundo dados do órgão regulador do setor Enargas.

A Argentina exportou 2,88 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) em julho, após despachar 5,01 MMm³/d em junho, um aumento de 105% em relação aos 2,44 MMm³/d registrados em junho de 2022.

Em linha com uma tendência estabelecida, o Chile adquiriu a maior parte: 2,53 MMm³/d (queda de 30%), com o Uruguai respondendo pelo saldo de 340 mil m³/d (alta de 24%).

Algumas partes do Cone Sul têm experimentado temperaturas amenas neste inverno, impactando a demanda argentina por gás natural.

Quase todas as exportações para o Chile são enviadas pelo duto GasAndes, com destino à região metropolitana de Santiago. Em maio, 43,1% do gás importado pelo Chile veio da Argentina, segundo dados da Comissão Nacional de Energia do Chile (CNE), o restante na forma de GNL de Trinidad & Tobago (39,7%) e dos EUA (17,2%).

A perfuradora argentina e grande produtora de gás Pampa Energía disse recentemente que as exportações para o Chile levaram a um aumento de 7% em relação ao ano anterior no preço médio do gás obtido no segundo trimestre de 2023, para US$ 4,7/MMBTU (milhões de unidades térmicas britânicas). A empresa está atualmente autorizada a canalizar cerca de 1 MMm³/d, segundo uma teleconferência de resultados.

Até segunda-feira (21), 14 pedidos de autorização de exportação de gás haviam sido publicados em agosto, apresentados pelas perfuradoras Pluspetrol, Total Austral, Tecpetrol, Pampa Energía, Wintershall Dea, Shell, Pan American Sur, Mobil Argentina e YPF. Os pedidos são de autorização para exportar para o Chile – principalmente para geradores de energia – de forma firme para os períodos entre outubro de 2023 e abril de 2024, quando a demanda doméstica cai na Argentina.

Vinte e três pedidos semelhantes foram apresentados em julho.

Os produtores argentinos estão aumentando a produção para atender a primeira fase do gasoduto de Vaca Muerta, que entrou em operação neste trimestre. Em junho, porém, a produção nacional caiu 1%, para 138 MMm³/d, segundo dados do think tank Instituto de Energia General Mosconi.

A indústria de hidrocarbonetos da Argentina é um pilar fundamental da economia e os três candidatos presidenciais que disputarão o cargo mais importante do país em outubro apoiam o desenvolvimento contínuo do setor.

Fonte: BN Américas

Para ler a reportagem original completa, acesse: https://www.bnamericas.com/pt/noticias/exportacoes-argentinas-de-gas-caem-em-julho

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