Exportações argentinas para o Brasil alcançam 3º melhor resultado em 9 anos

As exportações argentinas para o Brasil atingiram, em agosto de 2022, o terceiro melhor resultado em matéria de valor dos últimos nove anos. Este também foi o melhor mês de agosto desde 2012 até o momento, com alta de 31% em relação ao ano anterior, reduzindo o déficit comercial para US$ 255 milhões dos US$ 370 milhões registrados em julho, informou a Ecolatina.

Com base nos números, a corrente de comércio voltou aos mesmos patamares observados em 2013 (US$ 2.885 milhões). Concomitantemente, a balança comercial bilateral em agosto apresentou o segundo maior déficit mensal dos últimos 15 meses, uma deterioração significativa em termos homólogos. Em agosto de 2021, o déficit mensal havia sido de US$ 116 milhões.

As vendas argentinas para o Brasil ultrapassaram US$ 1.300 milhões em agosto e ficaram 28% acima da média dos primeiros sete meses, impulsionadas por veículos (que cresceram 41% ano-a-ano e corresponderam a 37% do total, com operações de quase US$ 490 milhão).

No entanto, a Argentina continuou tendo pouco peso entre as importações de seu maior parceiro comercial e, apesar de melhorar ligeiramente em relação a julho (de 4,2% para 4,7%), ainda estão abaixo de 5%. Em contraste, a presença das importações argentinas no mercado brasileiro teve uma média de 6% em 2019 e 12% no início dos anos 2000.

Por sua vez, as compras argentinas de produtos brasileiros cresceram a um ritmo elevado em agosto (40%, praticamente o mesmo que em julho), e seu aumento homólogo foi de quase dez p.p. acima do aumento das exportações.

As compras do Brasil alcançaram US$ 1,57 bilhão, o segundo maior valor desde abril de 2018 e 24% acima da média mensal até julho, impulsionadas por veículos e suas peças e acessórios, que somaram mais de US$ 370 milhões, representando quase um quarto das importações.

Enquanto isso, a consultoria Abeceb estimou que “como resultado das importações que continuarão crescendo acima das exportações, o déficit comercial bilateral continuará se expandindo para US$ 2,7 bilhões até o final do ano, nível ainda inferior ao histórico estrutural déficit de US$ 3,5 bilhões que prevaleceu entre 2004-2018.”

Portanto, “dada a escassez de moeda estrangeira do Banco Central argentino e a resistência do governo em aumentar a taxa de câmbio, não estão descartadas maiores restrições às importações nos próximos meses, o que poderia reduzir o déficit bilateral anual,” acrescentaram os especialistas.

Fonte: Portal Portuario

Para ler o artigo original completo, acesse: https://portalportuario.cl/argentina-exportaciones-a-brasil-marcan-tercer-valor-mas-alto-de-los-ultimos-9-anos/

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