Exportações brasileiras de café crescem 9% em fevereiro
mar, 10, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202111
O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café em fevereiro, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa um aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita cambial gerada com os embarques foi de US$ 423,7 milhões, crescimento de 4,7% em relação a fevereiro de 2020. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, apresentando aumento de 30,6%. Já o preço médio da saca foi de US$ 129,19 no período. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
No segundo mês deste ano, as exportações de café verde (arábica + conilon) atingiram 3 milhões de sacas de, registrando crescimento de 11,2% ante fevereiro do ano anterior. Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 81,9% do volume total exportado no mês (2,7 milhões de sacas), o conilon (robusta) ocupou 9,5% de participação nas exportações (312,3 mil sacas) e o solúvel, 8,5% dos embarques (278,4 mil sacas). Tanto o café arábica quanto o conilon apresentaram aumento nos volumes
exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, quando comparado a fevereiro de 2020.
“As exportações brasileiras de café se mantiveram firmes no mês de fevereiro, registrando o crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Analisando-se os números parciais do ano safra 2020/21, observa-se recorde das exportações entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 em relação ao mesmo período.
No período de Janeiro a Fevereiro de 2021, o Brasil exportou café para 96 países de anos anteriores, refletindo as ótimas condições da safra passada e o potencial cenário para um novo recorde no encerramento do ciclo. Esses resultados demonstram que os diferenciais brasileiros continuam competitivos e que somados à excelente qualidade e à sustentabilidade aplicada nas lavouras, tornam o café brasileiro mais atrativo e fortemente demandado na bolsa de Nova Iorque, onde o país se destacou como uma das principais origens de entrega de cafés de qualidade”, declara Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.
Ano Civil
No primeiro bimestre de 2021, o Brasil exportou 6,9 milhões de sacas de café, apresentando um desempenho positivo em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 6% nos embarques. As exportações de café verde apresentaram alta de 8,1%, atingindo 6,3 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica (5,8 milhões de sacas) cresceram 6,7% e os de conilon (553,8 mil sacas), 25,1%. A receita cambial gerada no período foi de US$ 889,7 milhões, aumento de 1,3%, e o preço médio foi de US$ 129,46.
Fonte: Cecafé
Principais destinos
No ano civil até agora (janeira a fevereiro de 2021), o principal destino de café brasileiro, os Estados Unidos, importaram 1,3 milhão de sacas, dado que representa 19,4% do volume exportado no período. A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,2 milhão, equivalente a 17,8% de participação nos embarques. Na sequência, os países que mais importaram o produto foram a Bélgica, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, com 514,2 mil (7,5%); Japão, com 350 mil (5,1%); Colômbia, com 240 mil (3,5%); Federação Russa, com 192,2 mil (2,8%); França, com 167,7 mil (2,4); Turquia, com 155,1 mil (2,3%); e Canadá, com 130,6 mil (1,9%).
Entre os destinos listados se destacaram as exportações para a Colômbia, que registraram aumento de 173%; para a Bélgica, alta de 59,9%; e para a França, crescimento de 19,4%. Os embarques para os EUA e Alemanha também apresentaram desempenho positivo com o aumento de 8,4% e 6,6%, respectivamente, em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Com relação às exportações por continente, grupos e blocos econômicos, a Europa registrou aumento de 3% no consumo do café brasileiro ante o primeiro bimestre de 2020, totalizando 3,6 milhões de sacas exportadas para o continente no período. As exportações para a América do Norte apresentaram aumento de 5,5% (chegando a 1,5 milhão de sacas); na América do Sul, alta de 73,7% (434 mil); na África, de 13,9% (155,6 mil); na América Central, de 158,9% (41,3 mil); nos Países Árabes, de 19,1% (304 mil); e
nos países produtores, de 74% (486,5 mil). Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores registraram aumento de 131,7%, com o embarque de 400,2 mil sacas para eles.
Cafés diferenciados
O Brasil exportou um milhão de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) no primeiro bimestre deste ano, volume que representa 14,9% das exportações totais de café no período. A receita cambial gerada pelos embarques da modalidade atingiu US$ 173,7 milhões, correspondendo a 19,5% do valor total gerado no bimestre. Já o preço médio da saca de cafés diferenciados foi de US$ 169,31.
Os 10 maiores países importadores da modalidade representaram 80,5% dos embarques. Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 260 mil sacas exportadas (equivalente a 25,3% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Bélgica, com 130,8 mil sacas (12,8%) e Alemanha, com 127,6 mil (12,4%). Na sequência estão: Japão, com 81,2 mil sacas (7,9%); Itália, com 70,6 mil (6,9%); Turquia, com 38,3 mil (3,7%); Reino Unido, com 34,3 mil (3,3%);
Canadá, com 30,8 mil (3%); Suécia, com 29,5 mil (2,9%); e Países Baixos, com 22,3 mil (2,2%).
Ano-Safra 2020/21
Nos oito primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-fev/21), o Brasil exportou 31,6 milhões de sacas de café, o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos, com destaque para o crescimento de 18% nas exportações na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com os embarques no período atingiu US$ 3,9 bilhões, aumento de 15% em relação ao período anterior e equivalente a R$ 21,2 bilhões na conversão em reais, o que representa, neste caso, alta de 51,6%. Já o preço médio foi de US$ 124,56.
As exportações de café verde no Ano-Safra até agora apresentaram aumento de 20%, com 28,9 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica registraram crescimento de 19,9% (chegando a 25,6 milhões de sacas), enquanto que os embarques de conilon tiveram alta de 21% (totalizando 3,3 milhões de sacas).
Portos
O Porto de Santos ocupa a liderança como via de escoamento do café neste ano, com 78% de participação (5,4 milhões de sacas embarcadas por ele). Já os portos do Rio de Janeiro figuraram o segundo lugar, com 16,2% de participação (1,1 milhão de sacas embarcadas por eles).
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