Exportações brasileiras de soja devem saltar em fevereiro

De acordo com reportagem publicada pela Reuters, as exportações brasileiras de soja em fevereiro têm potencial para superar os embarques registrados no mesmo período de 2018. Isso porque a colheita da oleaginosa vem ganhando força após um mês de janeiro fraco em movimentação nos portos brasileiros.

No último dia 31 de janeiro, a agência marítima Cargonave informou que os embarques planejados para fevereiro estão perto de 7 milhões de toneladas, com mais de 110 navios agendados. Em fevereiro de 2019, conforme dados revisados do governo, foram exportadas cerca de 5 milhões de toneladas de soja.

Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda feira indicam que foi exportada, em janeiro, apenas 1,49 milhão de toneladas de soja, contra 2,04 milhões no mesmo mês do ano anterior e 3,44 milhões em dezembro. Vale destacar que o mês de janeiro é tradicionalmente mais fraco para vendas externas do Brasil, por ser um mês que o país ainda está no início da colheita da oleaginosa.

A maior parte dos embarques programados de soja para fevereiro tem como destino a China, como tradicionalmente acontece. Os especialistas do setor ponderam, porém, que tais exportações, na sua maioria, foram fechadas antes do surto do coronavírus no país asiático.

Segundo o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), Sérgio Mendes, por enquanto não é possível dizer se o coronavírus poderá influenciar as exportações. “É muito cedo e a safra está atrasada”, afirmou.

Sem impacto nas operações portuárias

O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou, nesta segunda-feira, dia 03, que até agora não há relato de impacto em operações portuárias no Brasil por causa do coronavírus.

“Estamos monitorando. Na medida em que houver algum efeito sobre a economia chinesa, assim como todos os países do mundo, o Brasil também pode ser afetado”, afirmou, em coletiva de imprensa.

Brandão afirmou, ainda, que, nesse contexto, a exportação de alimentos seria menos afetada, ao passo que as vendas de insumos industriais poderiam ser mais afetadas.

Fonte: Reuters

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