Exportações brasileiras de soja podem cair até 24% se a guerra comercial EUA-China acabar

A consultoria agrícola brasileira ARC Mercosul estima que as exportações brasileiras de soja poderão cair até 24% em relação ao ano anterior, para apenas 64 milhões de toneladas na temporada 2018/19, se a guerra comercial dos EUA for finalizada com a reversão das barreiras tarifárias sobre os acordos bilaterais EUA-China de incentivo fiscais ao comércio. A nação asiática já havia prometido comprar 20 milhões de toneladas de soja dos EUA em fevereiro, segundo o DatamarNews.

BREAKING: In Oval Office meeting today, the Chinese committed to buy an additional 10 million metric tons of U.S. soybeans. Hats off to @POTUS for bringing China to the table. Strategy is working. Show of good faith by the Chinese. Also indications of more good news to come.

— Sec. Sonny Perdue (@SecretarySonny) February 22, 2019

As exportações brasileiras de soja cresceram no ano passado, já que os dois países, China e EUA, começaram a atacar as tarifas de importação um do outro. As exportações brasileiras de soja atingiram o recorde de 83,6 milhões de toneladas em 2018, segundo o DatamarNews. Do total de soja embarcada do Brasil, 68,8 milhões de toneladas foram enviadas para a China continental, um aumento de 15 milhões de toneladas em relação a 2017.

O gráfico do DataLiner a seguir mostra a tendência de exportação de soja do Brasil para a China versus o resto do mundo:

O DatamarNews informou que a empresa de consultoria agrícola brasileira Safras & Mercado anunciou uma queda estimada de 17% nas exportações brasileiras de soja neste ano, em comparação com 2018. O órgão espera que os embarques de soja do país cheguem a 70 milhões de toneladas este ano.

SAFRAS indica exportação de 70 milhões de toneladas de soja em 2019 https://t.co/vm3AyZjiZA

— SAFRAS & Mercado (@SAFRASMERCADO) March 19, 2019

“Um fator importante que impacta as exportações brasileiras de soja é a possível resolução da guerra comercial entre os Estados Unidos, o maior produtor de soja do mundo, e a China”, disse a companhia nacional de abastecimento, Conab, em seu relatório de março.

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