Exportações da China saltam 7,6% em maio, mas importações sobem 1,8%, abaixo do previsto

As exportações da China se expandiram pelo segundo mês consecutivo em maio, dando suporte à segunda maior economia do mundo, compensando em parte uma crise imobiliária prolongada e fraca demanda doméstica.

O valor total das remessas para o exterior subiu 7,6% no ano em dólares, acelerando em relação ao aumento de 1,5% registrado em abril, de acordo com dados divulgados pela alfândega do país na sexta-feira.

O número foi auxiliado por uma base baixa e foi maior do que uma previsão de aumento de 6,0% em uma pesquisa feita pela agência “Reuters” com economistas.

Enquanto isso, as importações denominadas em dólar cresceram 1,8% no ano em maio, após saltar 8,4% no mês anterior, ficando bem aquém da estimativa de ganho de 4,2% na pesquisa da Reuters.

Com importações menores, o superávit comercial da China cresceu para US$ 82,62 bilhões em maio, ante US$ 72,35 bilhões em abril.

Quantidades crescentes de produtos chineses baratos no mercado internacional agitaram os parceiros comerciais da China, que reagiram. Os Estados Unidos anunciaram no mês passado um aumento nas tarifas sobre veículos elétricos, painéis solares, semicondutores e certos produtos de aço e alumínio da China.

Espera-se que a União Europeia aplique novas taxas sobre veículos elétricos chineses na próxima semana. Na América Latina, os exportadores de aço chineses estão enfrentando tarifas mais altas impostas por México, Chile e Brasil.

A atividade manufatureira da China contraiu inesperadamente em maio. O indicador de novos pedidos de exportação, um componente do índice oficial de gerentes de compras de manufatura (indicador de atividade PMI), caiu para 48,3, abaixo do limite de 50 pontos que separa o crescimento da contração da atividade industrial.

No entanto, economistas da consultoria britânica Capital Economics observaram em uma nota que “a queda pode simplesmente refletir efeitos de sentimento devido às novas tarifas americanas”, que ainda não entraram em vigor.

“A demanda global está dando um impulso maior à economia da China do que havíamos previsto este ano e as tarifas estrangeiras farão pouca diferença no desempenho agregado das exportações no curto prazo”, disse Julian Evans­ Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics, em outra nota publicada na terça-feira.

A consultoria aumentou a perspectiva de crescimento do PIB da China de 5,0% para 5,5% em 2024.

Fonte: Valor Econômico

Clique aqui para ler o texto original: https://valor.globo.com/mundo/noticia/2024/06/07/exportacoes-da-china-cresceram-76percent-ao-ano-em-maio-ante-15percent-em-abril.ghtml

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