Exportações de aço para a Europa disparam 710% no ano no 1º semestre do ano

As exportações de produtos siderúrgicos brasileiros para a Europa aumentaram 710% no primeiro semestre de 2022 para 909.828 milhões de toneladas em comparação com 112.221 mlhões de toneladas no primeiro semestre de 2021, preenchendo o vazio deixado pelos fornecedores regionais Rússia e Ucrânia, segundo dados mais recentes da associação nacional de aço Aço Brasil.

O volume exportado para a Europa representou 13,4% do total das exportações brasileiras em janeiro-junho ante 2,2% no mesmo período de 2021, e foi composto principalmente por aços planos revestidos e não revestidos.

As restrições de oferta decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia também levaram o Brasil a aumentar os embarques para países vizinhos da América Latina, totalizando 2,12 milhões de toneladas no segundo semestre, alta de 66,7% no ano. Seguiram-se os embarques para a Ásia, totalizando 174.663 mt, um aumento de 3,1% no ano, e os embarques para a África totalizaram 128.101 mt, um aumento de 594% no ano.

Os EUA continuaram sendo o principal destino dos produtos siderúrgicos brasileiros, principalmente das placas, com 3,24 milhões de toneladas, mas esse número caiu 9,4% em relação às exportações do segundo semestre de 2021.

O aumento das exportações também foi favorecido por taxas de câmbio atrativas e preços fortes, aliados a um mercado interno desacelerado.

Mudança nas barreiras comerciais 

Os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores do Brasil anunciaram em 25 de junho a revogação das medidas restritivas às exportações brasileiras de produtos siderúrgicos laminados a frio pelos EUA e Reino Unido.

Os EUA deixaram de cobrar taxas adicionais de até 46% – sendo 35%referentes á taxas antidumping e 11% à medidas compensatórias – sobre as importações de BF do Brasil, mantendo as medidas sobre os mesmos produtos vindos de outras origens, como China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido. A medida vigorou por cinco anos.

Além disso, o Reino Unido excluiu o Brasil da aplicação da medida de salvaguarda sobre chapas de aço e produtos de BF, que vigorou por um ano, sujeitando estes produtos a uma sobretaxa de 25%, uma vez ultrapassado o volume periódico máximo pré-estabelecido.

No entanto, a Comissão Europeia anunciou no final de maio taxas antidumping provisórias de 25% sobre o aço revestido com cromo eletrolítico, ou ECCS, importado da China e do Brasil depois que uma investigação descobriu que as importações dos dois países prejudicaram a indústria da UE preços. Medidas definitivas estão marcadas para 23 de novembro

Fonte: Hellenic Shipping News

Para ler o artigo original completo, acesse: https://www.hellenicshippingnews.com/h1-brazilian-steel-exports-to-europe-skyrocket-710-on-year-amid-war-in-ukraine/

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