Exportações de café crescem 19% em julho e receita avança para US$ 627,8 milhões
ago, 11, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202333
O Brasil exportou 2,991 milhões de sacas de 60 kg de café em julho deste ano, primeiro mês da safra 2023/24, volume que implica crescimento de 18,7% em relação aos 2,521 milhões registrados no mesmo período antecedente. Em receita, a evolução foi de 5,2%, com o ingresso de divisas saltando de US$ 596,9 milhões, em julho do ano passado, para os atuais US$ 627,8 milhões. Os dados são do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O presidente da entidade, Márcio Ferreira, relata que, com diferenciais competitivos frente ao mercado global e disponibilidade nacional de oferta, as exportações dos cafés canéforas (conilon + robusta) deram um salto substancial de 245,4% no mês passado ante julho de 2022, para 505.153 sacas, destacando-se como o melhor resultado dessa variedade para um único mês desde setembro de 2020.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as remessas dessa variedade ao exterior apresentam um incremento de 33,7%, saindo de 944.076 sacas, entre janeiro e o final de julho de 2022, para 1,262 milhão de sacas.
“Vivemos uma janela de oportunidade aos cafés conilons e robustas brasileiros diante das elevadas cotações do mesmo produto, principalmente de Vietnã e Indonésia. Tanto que essas nações asiáticas elevaram suas importações dos nossos cafés em 382,9% e 52,1%, respectivamente, no acumulado deste ano até julho. No curto prazo, as perspectivas para este agosto são positivas e os canéforas brasileiros devem seguir se consolidando, pelo menos nesse mês corrente”, projeta.
O gráfico abaixo mostra as exportações brasileiras de café de janeiro de 2019 a junho de 2023. Os dados são do DataLiner.
Exportações brasileiras de café | Jan 2019 – Jun 2023 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
PRINCIPAIS DESTINOS
Nos sete primeiros meses de 2023, os Estados Unidos seguem como principais importadores dos cafés do Brasil, com a aquisição de 3,433 milhões de sacas, volume 26,5% inferior ao registrado no mesmo ciclo de 2022. Esse montante equivale a 17,9% dos embarques totais brasileiros no intervalo recente.
A Alemanha, com representatividade de 11,8%, comprou 2,270 milhões de sacas (-43,5%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vêm Itália, com a importação de 1,492 milhão de sacas (-18,5%); Japão, com 1,250 milhão de sacas (+26%); e Bélgica, com 1,068 milhão de sacas (-46,5%).
Por continentes e blocos econômicos, merecem destaques as evoluções de 87,7% e de 25,3% registradas, respectivamente, para os Países Árabes e para a Ásia. “Nesse último exemplo, vale enaltecer as exportações dos cafés do Brasil à China, que evoluíram 102,7% ante os sete primeiros meses de 2022 e atingiram 408.046 sacas. Essa performance coloca o gigante asiático como 13º principal comprador do produto brasileiro”, informa Ferreira.
Além dos chineses, os japoneses também contribuíram para esse desempenho, ao terem elevado em 26% suas compras dos cafés nacionais. De janeiro ao fim de julho, os nipônicos adquiriram o já citado 1,250 milhão de sacas contra as 992 mil sacas importadas entre janeiro e julho de 2022.
TIPOS DE CAFÉ
O café arábica permanece, tradicionalmente, como o mais exportado entre janeiro e o fim de julho deste ano, com volume equivalente a 15,726 milhões de sacas, o que corresponde a 81,8% do total. O segmento do solúvel teve o correspondente a 2,208 milhões de sacas embarcados no intervalo, com representatividade de 11,5%, seguido pela variedade canéfora, com 1,262 milhão de sacas (6,6%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 26.535 sacas (0,1%).
PORTOS
O complexo marítimo de Santos (SP) segue como o principal exportador dos cafés do Brasil no corrente ano civil, com a remessa de 14,418 milhões de sacas ao exterior, o que equivale a 75% do total. Na sequência, aparecem os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 20% dos embarques ao enviarem 3,841 milhões de sacas, e Paranaguá (PR), com a remessa de 279.475 sacas ao exterior e representatividade de 1,5%.
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