Exportações de milho ao Egito disparam mais de 170% em 2024

As exportações brasileiras de milho para o Egito registraram um crescimento impressionante de 174,2% em 2024, alcançando um total de US$ 1,103 bilhão. O desempenho elevou o país árabe à posição de maior cliente mundial de milho produzido no Brasil. Segundo dados das plataformas Agrostat (Ministério da Agricultura e Pecuária) e ComexStat (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), as vendas do grão foram um dos principais fatores responsáveis pelo avanço nas relações comerciais entre Brasil e Egito.

Em 2024, o Egito importou US$ 3,3 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro, um salto de 91,4% em relação ao ano anterior. O setor agropecuário respondeu por 82,9% de todas as exportações brasileiras ao país. Deste total, 33,3% corresponderam à compra de milho (exceto para semeadura). Outros produtos de destaque nas exportações brasileiras para o Egito incluem açúcar e carnes, especialmente bovinas, que também apresentaram receitas expressivas.

Do lado oposto, o Egito exportou ao Brasil US$ 152,5 milhões em bens, com destaque para preparações de produtos hortícolas e frutas (como batatas conservadas ou congeladas), morangos congelados e azeitonas conservadas temporariamente.

Ao incluir fertilizantes no cálculo, as exportações totais do Egito ao Brasil atingiram US$ 559,3 milhões, sendo US$ 406,8 milhões provenientes exclusivamente de fertilizantes. Excluindo esse item, o superávit comercial do agronegócio brasileiro com o Egito em 2024 foi de US$ 3,16 bilhões, representando um crescimento de 92,3% em relação a 2023.

Os dados também revelam a crescente relevância dos países árabes como destino das exportações do agronegócio brasileiro. Seis países árabes estão entre os 25 principais mercados para os produtos agropecuários do Brasil, respondendo juntos por quase 10% das exportações do setor. Entre eles, os Emirados Árabes Unidos e o Egito, cada um com 2% do total, lideram como os principais destinos. Outros países árabes na lista incluem a Arábia Saudita (15ª posição), Argélia (17ª), Iraque (20ª) e Marrocos (25ª).

Esse crescimento reflete não apenas o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Egito, mas também o papel estratégico do agronegócio brasileiro no abastecimento global.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA)

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