Exportações de minérios da Argentina crescem 4,3% em 2023 à medida que aumenta a confiança na indústria

As exportações de mineração da Argentina cresceram 4,3% em 2023 em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo lítio, afirmaram representantes do setor na última sexta-feira (3 de maio), expressando confiança de que os amplos depósitos de metais e minerais do país podem ajudar a impulsionar a economia, que passa por uma crise prolongada.

As exportações atingiram US$ 4,032 bilhões no ano passado, segundo Roberto Cacciola, presidente da Câmara Argentina de Empresários de Mineração (CAEM), em uma reunião com jornalistas no dia 2 de maio.

As exportações de lítio cresceram 20% em relação a 2022, apesar do colapso dos preços de referência internacionais, enquanto a produção aumentou 31%, disse a CAEM.

A Argentina é o quarto maior produtor do metal branco, um componente crítico nas baterias de veículos elétricos.

Uma potencial estabilização macroeconômica sob o presidente libertário Javier Milei encorajou um otimismo cauteloso no setor.

“A expectativa e o interesse das empresas cresceram substancialmente, mas insisto que a Argentina tem um histórico (de não cumprimento)”, disse Cacciola.

A CAEM projeta que as exportações dispararão para US$ 12 bilhões em 2032, ante US$ 4 bilhões em 2023, com investimentos anuais saltando para US$ 3 bilhões, ante US$ 1,8 bilhão no mesmo período.

Espera-se que os investimentos sejam impulsionados principalmente pelo lítio, com três minas em produção e outras seis em construção; e cobre, com sete projetos que estão principalmente aguardando financiamento para avançar.

Cacciola disse que o setor se beneficiaria de um pacote de reformas promovido por Milei que o Congresso argentino aprovou na última semana, mas que enfrenta oposição mais forte no Senado.

“As províncias de mineração têm muito claro que precisam disso para que grandes projetos avancem”, disse o executivo. “Projetos de cobre, sem um estímulo adicional, não vão avançar.”

Cacciola pediu cortes adicionais de impostos para incentivar a exploração, citando um possível hiato nas exportações de mineração à medida que as minas de ouro e prata são esgotadas antes que novos projetos de cobre entrem em produção.

A produção de ouro e prata caiu 5% e 12%, respectivamente, em 2023.

Fonte: Reuters reproduzido por XM

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