Gripe suína africana na China terá impacto nas exportações de soja da Argentina

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) realizou um estudo no qual constatou que, se a produção de carne suína da China cair 30% em função da gripe suína africana, as exportações de soja da Argentina cairão 3,5 milhões de toneladas, como consequência.

As exportações de farelo de soja do país sul-americano, utilizadas na alimentação de suínos, também registrariam queda de 350 mil toneladas nesse cenário. O país asiático está no meio de um dos piores surtos de peste suína da história, que provavelmente afetará uma parcela significativa da população desses animais no país.

Uma queda de 30% na produção de suínos chineses eliminaria US$ 1,344 bilhão da receita de exportação da Argentina, segundo a BCBA. No ano passado, a Junta Comercial do Rosário (BCR) previu que a Argentina enviaria um recorde de 14 milhões de toneladas de soja para a China em 2019.

A boa notícia é que a colheita de soja da Argentina atingiu 85% da área plantada, de acordo com o BCBA. O órgão prevê um volume total de 56 milhões de toneladas na safra 2018/19, com produção nacional recorde de 3.350 kg por hectare.

A Associação Paraguaia de Grãos e Comerciantes de Oleaginosas (Capeco) disse que as usinas argentinas estão pagando US$ 15 por tonelada para a soja paraguaia. A commodity do país vizinho é rica em proteína em comparação com a soja argentina. A Argentina deverá importar dois terços da produção de soja do Paraguai.

O gráfico a seguir, com base nos dados da Capeco, mostra as tendências de exportação ano a ano do Paraguai desde o ciclo da safra 1992/93:

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