Exportações latino-americanas perdem força em 2022 e 2023, diz BID
jan, 18, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202303
O valor das exportações latino-americanas durante 2022 aumentou a uma taxa estimada de 18,8%, o que representa uma tendência de queda nos números do comércio da região de cerca de 27,8% na comparação entre 2021 e 2022, de acordo com um relatório da Agência Interamericana de Desenvolvimento Banco, BID.
Com efeito, o BID aponta que o desempenho das exportações latino-americanas em 2022 pode ser explicado principalmente por preços mais altos, enquanto os volumes perderam força.
A última edição de Trade Trends Estimates: Latin America and the Caribbean indica que, nos próximos meses, a taxa de crescimento das exportações deverá desacelerar ainda mais em resposta à tendência de queda nos preços das commodities, à guerra na Ucrânia, às políticas monetárias restritivas para reduzir a inflação nas principais economias e a desaceleração do crescimento global.
“Depois da recuperação em 2021, uma série de choques globais levaram as exportações da América Latina e do Caribe a uma desaceleração que continuará em 2023. A reversão dessa tendência será fundamental para sustentar o crescimento econômico da região”, disse Paolo Giordano, Economista Principal do Setor de Integração e Comércio do BID, que coordenou a publicação.
Os embarques impulsionaram as vendas externas da região para os Estados Unidos, que cresceram 21,3% em 2022. A demanda do restante da América Latina e dos principais parceiros comerciais do Caribe desacelerou drasticamente em relação a 2021. As vendas cresceram 2% para a China, 14% para a União Européia e 25,6% para a América Latina e Caribe.
Em 2022, os preços da maioria das commodities exportadas pela América Latina e Caribe subiram. Entre janeiro e novembro de 2022, os preços do petróleo (43%), café (29,1%), soja (13%) e açúcar (5,5%) aumentaram em relação ao ano anterior. Em contrapartida, os preços do minério de ferro e do cobre caíram 28,9% e 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, respectivamente.
Segundo o relatório, o choque causado pela invasão russa da Ucrânia “aumentou ainda mais os preços das principais commodities de exportação da ALC”. No entanto, “na maioria dos países, a tendência de alta mudou de direção no meio do ano em resposta à desaceleração da demanda global, às previsões de baixo crescimento e à valorização do dólar americano”.
Estima-se que as exportações tenham crescido 18,2% na América do Sul em 2022, após alta de 36% em 2021. A alta dos preços das commodities explicou muito esse desempenho, que se beneficiou do dinamismo do comércio intrarregional e foi particularmente afetado pelo arrefecimento da demanda da China.
O relatório foi elaborado pelo Setor de Integração e Comércio do BID e seu Instituto para a Integração da América Latina e do Caribe (INTAL).
Fonte: MercoPress
Para ler a reportagem original completa, acesse: https://en.mercopress.com/2023/01/18/latin-american-exports-lose-momentum-in-2022-and-2023-report-by-idb-bank
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