Falta de dragagem prejudica operações no Porto de Santos
dez, 09, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201950
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, a redução da profundidade do canal de navegação do Porto de Santos tem causado transtornos para navios destinados às operações de granéis líquidos químicos.
A falta de condições para atracação gera sobrestadia, multa cobrada por exceder o tempo de permanência em um porto conforme estipulado na carta-partida. Os valores variam de US$ 20 mil a US$ 35 mil por dia (R$ 83 mil a R$ 145 mil). O prejuízo total estimado já atinge US$ 5 milhões (R$ 20,7 milhões).
O prejuízo é provocado pelo assoreamento (depósitos de sedimento) no leito do canal, que resultou na redução do calado operacional (parte do navio que fica submersa) em berços de atracação de navios na Alemoa e na ilha Barbabé.
Isso diminuiu para três o número de pontos para atracação das embarcações. As obras de dragagem estão suspensas desde abril.
Ao menos 14 navios já cancelaram a vinda ao porto, que tem fila de 15 dias. O problema ainda pode aumentar com a chegada de novas embarcações.
Segundo o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, o novo contrato de dragagem do Porto de Santos deve ser assinado no próximo dia 20, quando está agendada uma reunião do Conselho de Administração (Consad) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A expectativa é de que as obras sejam iniciadas na primeira quinzena de janeiro
Piloni afirma que a obra deve ser executada pela DTA Engenharia, que apresentou a melhor proposta – de R$ 274,7 milhões – para a realização da dragagem do Porto por 24 meses. A empresa foi habilitada e teve seus equipamentos inspecionados pela Docas.
Fontes: Folha de S. Paulo e A Tribuna
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